domingo, 12 de maio de 2013

"Mãe não tem limite, é tempo sem hora"

Sei que não teve uma gestação fácil, que eu nasci chorona, que sou chorona até hoje, que fiquei doente, melhorei, fiquei doente de novo, melhorei... e fiquei doente de novo, mas você nunca desistiu de mim.
Que eu vomitei o seu vestido, o seu uniforme, a roupa de cama... Que por diversas vezes você me bateu, e logo depois vinha com aquela história de "desculpa mamãe?".
Não esqueço os bolinhos de chuva, os chás de boldo e de camomila. De como você achava graça do meu medo de chuva.
Assim eu fui crescendo, cercada pelos seus braços.
Me acostumei com o carinho de ter os cabelos penteados, a blusa passada, a marmita feita.
Me acostumei a saber que quando saio você fica me esperando, e quando chego em casa você está no portal.
Eu posso ter um milhão de amigos, mas sei que é só com você que eu vou poder contar nas horas mais difíceis.



Ela tem a capacidade de ouvir o silêncio.
Adivinhar sentimentos.
Encontrar a palavra certa nos momentos incertos.
Nos fortalecer quando tudo ao nosso redor parece ruir.
Sabedoria emprestada dos deuses para nos proteger e amparar.

Sua existência é em si um ato de amor.
Gerar, cuidar, nutrir.
Amar, amar, amar...
Amar com um amor incondicional que nada espera em troca.
Afeto desmedido e incontido, Mãe é um ser infinito.

(Trecho do livro Minha mãe, meu mundo)
Anderson Cavalcante


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