Saiu da sala e as lágrimas que segurou já podiam cair sem ninguém ver, porem não sentiu mais vontade de chorar.
O vazio dentro dela era seguro e caminhar com a vista embaçada era ruim e já sentira que havia perdido o chão há um bocado de tempo.
Já dentro do ônibus, cansada, e triste pensou no pressentimento ruim que teve na semana passada.
Não queria voltar pra casa, não queria ficar sozinha. O silêncio às vezes é insuportável pra ela.
e às vezes ela se dói tanto que fica insuportável.
É tão raro entregar-se a sua tristeza, permitir-se chorar, achar que é hora de desistir. Aceitar que não está tudo bem.
Pensou em ligar pra ele, dizer que está com saudades, que quer vê-lo e amá-lo do jeito dele.
E tudo porque hoje, alguém jogou uma balde de água fria bem na cara dela. E foi de propósito.
o que ainda não aconteceu?
Se não fosse trágico, seria cômico. Ou o contrário.
Acordou melhor, ficou feliz por não ter ligado.
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