sexta-feira, 3 de julho de 2015

Os ponteiros passaram e você não passou (8)

Ainda sentindo a ressaca do porre de sentimentos novos que você me proporciona, contei as horas, querendo mesmo era que ela não se arrastasse tarde afora.
Selecionei apenas as palavras mais doces dentre as trocadas numa conversa rápida, uma não querendo tomar muito o tempo da outra. Enfeitei o inimaginável, como costumo fazer.
Fantasiei seus meios sorrisos, aqueles contidos.
Sem saber se pegava um ônibus, um táxi, ia a pé ou embarcava em um disco voador, tive urgência em te ver.
O sol se escondia por detrás das nuvens e de nada adiantava as janelas abertas, mais nublado que o céu só o meu coração.
Meus olhos choviam inconformados pela impossibilidade de te ver.

As ruas vazias que cortam meu coração estão cheias de poesia e silêncios.

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