segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Acasos Isolados

"yesterday it seemed
life was just a dream
a bad dream
you watch them all day long
feel you don't belong but you're wrong" ♪


É que meu inferno astral passou e eu sobrevivi, e sábado foi difícil, eu chorei sem entender muito bem o motivo, não segurei, sozinha na rua. Chorei feito criança com medo ou dor. Dor, certamente era dor, não dor no ouvido ou de dente, uma dor no coração que adormece toda a alma. O abraço dele foi conforto e por instantes toda a dor foi embora.
Mas duas horas passam rápido e eu já estava no mundo real.
A vida é um fio.
Ela estava sentada junto aos outros moradores de rua, suja, enquanto todos dormiam com seus papelões e seus cachorros, ela lia um livro. E eu desejei que ela tivesse uma oportunidade.
Ele entrou no ônibus, doente, deficiente e debilitado, eu senti vontade de levantar e dar todo o meu dinheiro para ele, eu sentia dor e perguntava-me por quê? Enquanto elas riam feito hienas, não se importavam com a presença dele, só queriam distancia e eu me perguntei onde está a compaixão, a empatia?!
Domingo quente, pernas doloridas e uma tristeza inexplicável, sono, sonhos estranhos, castelos e calor. Por quê?
Dor, dor, dor... Então eu fico reproduzindo imagens na minha cabeça, um corpo voando, olhos fechados num corredor de hospital. Rosto de anjo.
Dor, dor, dor. Lágrimas, e a esperança? E Deus?
Com pessoas novas é sempre tão difícil, uma vida inteira pela frente.

Hoje é segunda, eu tenho que ter força e fé. E de agora em diante fazer tudo diferente.

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