terça-feira, 31 de agosto de 2010

Thank You

Nada como chover pela manhã, um dia após o outro, nada como um sorriso, uma esperança... pode parecer triste, mas é reconfortante!







"My tea's gone cold
I'm wondering why I got out of bed at all
The morning rain clouds up my window
And I can't see at all
And even if I could it'd all be gray,
But your picture on my wall
It reminds me that it's not so bad
It's not so bad..." ♪♪♪

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Re-caída

Alguma coisa mudou em pouco tempo, não sabia explicar, toda a euforia foi dando lugar a uma melancolia. Podia ser sono, ou sua pressão baixando por causa do açúcar, mas não estava a fim de mentir pra si mesma, sabia exatamente o que era. Aí ela começou a socar, uma a uma, as teclas do teclado, na raiva descarregada, raiva que sei lá de onde vinha, raiva mais sem lugar e que formigava o coração, melhor respirar, todos da sala silenciosa já olhavam o que digitava com tanto barulho. Levantou e foi olhar pela janela, não por estar incomodada pelos olhares repreendedores, não se importava com eles, levantou pra distrair-se. Lá fora a cidade era sua como sempre foi. Era tarde e o dia se emendaria cedo na noite, o sol quente ia dando lugar ao céu alaranjado e ao vento frio. Fazia tempo, um bem assim considerável, que ela não escrevia no serviço, não se importava, apenas deixava brotar as letras de seus dedos, formando palavras, fases, sem se importar com nada. As imposições eram outras. Tinha o cabelo pra dar um jeito, os quilos pra perder, o dinheiro pra receber e pagar as contas antes do fim de semana, era segunda e ela já pensava na sexta, não que tivesse programado algo de diferente, mas sabia que somente nas sextas uma vida parecia mudar, a profissão escancarada lá fora exigindo reparo e atenção, aí foi deixando, calada uma a uma, não gosta de ser interrompida. Foi todo o parágrafo, esse sei lá se significava alguma coisa. E cadê a solução? Um controle maior da raiva, aquela, isso até que sim, mas aquecer que é bom nada. O prazer de deixar-se levar pelos dedos e não pela cabeça. Mas a insuficiência teimava em sufocar, provavelmente culpa daquilo que nem sabia o que era, mas deixava-a melancólica. Tinha fome, alguma coisa a gente tem que dominar, pelo menos sabia quando estava com fome. Uma vez ouvi dizer que dormir passa. A fome. Como não pode dar-se o luxo de ir para casa por causa dessa dor filha da puta no estomago. Daqui a pouco, vai vomitar umas palavras, essas que ainda estavam dentro à espera de alguma digestão, puta azia, tomei um anti-ácido no café da manhã. Ah, isso, fechou os olhos e desejou não estar ali, ter oito anos e estar acordando do sono da tarde de um pesadelo. Leu em voz alta o tudo acima escrevera, sorriu.

Veronika decide morrer

Terminado de ler A Bruxa de Portobello fiquei envolvida pela magia do livro, podem falar o que quiserem de Paulo coelho, ele não precisa ser exemplo de pessoa pra mim, nem mesmo o conheço, mas entro em qualquer briga para defendê-lo como escritor. Já tinha lido algumas obras dele, é sempre uma viajem incrível. Mas, ao terminar A Bruxa de Portobello realmente fiquei espiritualmente tocada, voltei com as meditações, com os mantras e vou voltar para gnosis, tudo isso tem me deixado bem mais leve, me conhecer melhor. Mas não parei por aí, alguma coisa em Veronika decide morrer me chamou a atenção, nunca tinha ouvido falar desse livro, não tinha lido sinopse nem nada, mas na capa no final da Bruxa de Portobello aquela pequena divulgação me chamou a atenção e eu decidi baixar o livro, já que não tinha grana pra comprar no momento. Baixei mas não comecei a ler o livro, não sei, simplesmente não conseguia começar a ler, tinha um bloqueio, mas ontem (Domingo – 29 de Agosto de 2010) resolvi começar a ler, domingos me deprimem e no livro ele toca nesse assunto – “O amargo crônico só nota a sua doença uma vez por semana: nas tardes de domingo. Ali, como não tem o trabalho ou a rotina para aliviar os sintomas, percebem que alguma coisa está muito errada.” E é justamente assim que eu me sentia, uma amarga crônica. Quem nunca pensou em se matar? O que leva uma jovem cheia de saúde e de futuro pela frente decidir que chegou a hora do fim? No livro achei as respostas e simplesmente fiquei maravilhada, é incrível... mais comum do que eu pensava, a forma de tratar a loucura, de tocar em assuntos íntimos, lutar pelos sonhos... de como nos acomodamos nas “leis”, nos importamos com o que os outros vão pensar... certo ou errado! E simplesmente ignoramos nossas vontades, sonhos, desejos...
Exatamente à uma hora da manhã cheguei ao final, 135 paginas deliciosas. O livro foi devorado em uma única bocada.
Acordei mais cheia de vida, repensei muita coisa antes de dormir e fiquei muito feliz em acordar hoje de manha, mesmo querendo ficar na cama por mais tempo agradeci por ter de levantar, ter um emprego, ter de me olhar no espelho e ainda gostar do meu cabelo bagunçado... A janela do lado da minha mesa me deixa ver um céu lindo cheio de nuvens brancas em formato de anjos... algo se resolveu ontem e hoje estou cheia de paz.

Veronika decide morrer e eu decidi começar a viver!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

“Uma única pessoa é um universo infinito, pronto para ser explorado todos os dias, até o fim da vida.”

Estava trabalhando, quando esse pensamento acima brotou de alguma página que abri por engano. Frase muito apropriada pra esse momento sinto-me como esses ratos de laboratório, tão vulnerável. Ultimamente tenho aos poucos voltado a escrever e isso tem me enchido de alegria. Estou também pensando em voltar ao velho habito das agendas, tenho idéias boas, mas a memória é péssima. Escrever é uma das poucas coisas que não perdi com tanta mudança nesse pouco tempo, escrevo porque gosto, me faz bem.

Declaração Patética

Como já dizia nosso querido Cazuza – O amor é o ridículo da vida... Eu, como sou muito sensata, sou obrigada a concordar. O amor é uma doença mental, te impede de pensar direito, porque você ocupa não só o meu primeiro e meu ultimo pensamento, pois todos eles vão ao teu encontro... todos.
Ao seu lado, é muito mais prazeroso ouvir Guns, Janis Joplin, Led Zeppelin, Black Sabbath...
Dormir agarradinho não me incomodaria tanto e muito menos me causaria um calor irritante, nem falta de ar. Não, desde que eu estivesse com você em minha cama. O amor faz coisas idiotas parecerem lindas...
Eu acordo com 70% de meu mau humor mais azedo de todos e você completaria os 30% para minha total felicidade, com isso o resto do meu dia pode ser uma merda que não faz diferença.
O meu aniversário teria mais graça se você aparecesse, na verdade teria alguma graça... e eu não precisaria ficar resmungando para meio mundo que detesto essa data tão fodida de minha vida. Sério. Você tornaria tudo mais simples e melhor. Mais fácil.
O amor tem dessas coisas, né? Muda o mundo, na verdade muda a cabeça da gente, por isso que digo que o amor é uma doença. Mas olha, eu nem ligo, nunca fui normal mesmo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A DANÇA

"Você é tão moderno
Se acha tão moderno
Mas é igual a seus pais
É só questão de idade
Passando dessa fase
Tanto fez e tanto faz.

Você com as suas drogas
E as suas teorias
E a sua rebeldia
E a sua solidão
Vive com seus excessos
Mas não tem mais dinheiro
Pra comprar outra fuga
Sair de casa então
Então é outra festa
É outra sexta-feira
Que se dane o futuro
Você tem a vida inteira
Você é tão esperto
Você está tão certo
Mas você nunca dançou
Com ódio de verdade.


Você é tão esperto
Você está tão certo
Que você nunca vai errar
Mas a vida deixa marcas
Tenha cuidado
Se um dia você dançar.


Nós somos tão modernos
Só não somos sinceros
Nos escondemos mais e mais
É só questão de idade
Passando dessa fase
Tanto fez e tanto faz."








Legião Urbana dispensa explicações...
Ouvindo a musica e dançando a dança!

THB

“ Je ne veux pas travailler
Je ne veux pas déjeuner
Je veux seulement oublier
Et puis je fume”


Estou lendo o livro Bipolar da Terri Cheney, foi indicado pelo meu médico Neurologista e está me ajudando muito a entender minha doença, na verdade muita gente chama de frescura, essa gente não sabe o que diz. Transtorno de humor bipolar é coisa séria e eu vou superar isso.
É muito difícil conviver com o mundo quando é o humor que determina como vai ser o dia e as conseqüências que os pequenos fatos geram por causa disso, é como lidar com nitroglicerina todos os dias.
Hoje não acordei legal, tive insônia, mas não estou cansada, meu estomago ta um caco e aquela dor chata na cabeça deu uma aliviada. Não estou no extremo, mas estou com desconfiança do mundo, não que isso mude muita coisa.
Mas só o fato de assumir a doença e querer tratamento já tira muito peso das minhas costas.
Pra vocês (visitantes, conhecidos e Anônimos) trecho do livro pra explicar, de uma visão profissional, um pouco de tudo que sinto:

“O transtorno de humor bipolar, ou maníaco depressiva, não é uma viagem segura. Ela não vai partir do ponto A e chegar ao ponto B, da maneira que você esteja acostumado. É uma viajem caótica, imprevisível. Nunca se sabe qual será a próxima etapa. Eu queria que este livro espalhasse a doença, que desse ao leitor uma experiência visceral. É por isso que decidi contar minha historia de vida por episódios, em vez de seguir uma ordem cronológica. É mais fiel a maneira como eu penso. Quando olho pra trás, raramente me lembro dos eventos em termos de data ou seqüência. Pelo contrario, lembro-me do estado emocional em que estava. Desvairada? Deprimida? Suicida? Eufórica? A vida, para mim, não é definida pelo tempo, mas pelo estado de espírito do momento.”

Déjà j'ai connu le parfum de l'amour

“Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar
E a pedir perdão.”

Horas com os olhos paralisados em frente à tela branca, aquele maldito tracinho que pisca insistentemente e parece caçoar das batidas aceleradas do seu coração. Idiota, pra não usar palavra pior, não passa de uma idiota. Não importa o quanto tente, não vai conseguir. Vai continuar parada ali, estática, com o um tornado de pensamentos na cabeça que dói há dias. Está triste e com medo, é uma fracassada, sabe que o tempo está se esgotando. Chuva de meteoros só acontece em sonhos, coincidências não existem, mas ela nasceu sem sorte. Não pode ter medo quando a hora chegar. Estala os dedos, cocha a cabeça, mais um copo de café, a azia parece derreter até o coração, um copo de água bem gelada, um cigarro, não queria fumar, já faz tanto tempo que não fuma, está tentando parar, na verdade não está não, acende o cigarro e traga, se arrepende de ter feito. Está enlouquecendo, não consegue chorar.
Por quê?

quarta-feira, 25 de agosto de 2010



Incrivel!

Menina Mimada

“Você é tão fácil, menina mimada...
De enfeites, brochinhos e queixas
Queixas, queixas, queixas...
Foi você mesma quem quis...” Cazuza

Não tenho mais paciência pra infantilidade, na verdade paciência é animal em extinção nessa selva que chamo de vida.
As pessoas gabam-se de sua maturidade e na verdade não passam de crianças mimadas que fazem birra, pirraça boba por pouca coisa.

belem-belem-nunca-mais-to-de-bem!

poupe-me!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Por vezes eu deitei vazia e me enchi de você até transbordar de tanto respirar freneticamente, contidos num espaço de segundo, até render-me esgotada. É na primeira etapa do sono que os sonhos acontecem e nenhum sonho é tão grande que consiga separar a minha boca do seu corpo. Tantas outras noites eu dormi cheia de esperanças ou saudades e acordei com azia do mundo por ter me empanturrado de sonhos ao invés de degustar sua presença mesmo na ausência. Mas você continua em mim. Eu posso desligar o computador, posso quebrar a televisão, fechar os olhos, cortar os punhos, tapar os ouvidos, encher minha boca de tantas outras palavras. Mas não, nada adianta. Não posso fugir de mim.
Eu que sempre fui tão impulsiva, sento agora no cantinho mais confortável dentro de mim, sem aquele desespero do começo, pra esperar você. Eu sei que você vem.


"Cuz' you can't deny
You've blown my mind
When I touch your body
I feel I'm loosing control
Cuz' you can't deny
You've blown my mind
When I see you baby
I just don't wanna let go"

Quase um segundo

Senti o cheiro dele por acaso nos lençóis, coisa da sua cabeça, só pode ser saudades. Não habita seu pequeno mundo particular faz tempo, os lençóis foram lavados mil vezes desde a ultima vez, mas é indiscutível a presença dele ali, na memória e no coração.
Sabe que não vai mais acontecer, ele não vai mais chegar pela manhã segurando sua mão. Não vai mais te fazer rir nem te deixar enfurecida por ir totalmente contra sua mania controladora.
Esqueceu-se dela como se eu nunca tivesse existido e compreendo que por ter se esquecido ela nunca existiu. Agora ela se olha no espelho e não vê mais ninguém.


"[...]Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?

Ás vezes te odeio por quase um segundo
Depois te amo mais
Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo
Tudo que não me deixa em paz"

sábado, 7 de agosto de 2010

"Nem por você
Nem por ninguém
Eu me desfaço
Dos meus planos
Quero saber bem mais
Que os meus 20
E poucos anos..."


Eu realmente não serviria pra nada daquilo, não sou tão perfeita assim e mais, não quero ser!
Pior é quem se engana, eu sei qual será o futuro deles... sinto pena!

TERCEIRA LEI DE NEWTON

“Toda ação provoca uma reação de igual intensidade, mesma direção e em sentido contrário".


Não acredito em acaso, coincidência do destino, é muito cômodo achar que já se nasce com seu destino traçado. Aceitar fracassos simplesmente por que isso lhe foi dado ao nascer, contentar-se com sua rotina, sua familia, sua vida... por que é sua bagagem.
Nada é por acaso... Se algo acontece é simplesmente resultado de alguma outra coisa feita anteriormente. Sim, aqui se faz e aqui se paga, se hoje você mastiga solidão é porque procurou por isso. Acredite no que quiser, vingança divina, coincidência ou dê o nome que preferir.

Eu disfarço muito bem!

Foi acontecer justo com ela,
Ela que resolveu não acreditar mais em amor
Passou a ver rostos familiares em todo canto
E borboletas sem asas
Ela tenta não lutar contra as cores do céu
Perde-se em sonhos
Queria acreditar nas possibilidades
Mas os príncipes deixaram de existir muito cedo
Todo o encanto morreu
Ela não mata mais o tempo dela com lágrimas
Preenche o vazio do seu coração com tudo que seus olhos podem devorar
Enquanto todos chegam perto
Ela deseja que todos voltem para suas devidas casas
Quer ter o coração vazio
Ela já viu tudo isto acontecer antes
Nada é inédito na sua vida
Em sonhos desejou a morte
Procurou ficar louca por necessidade
Necessidade de esquecer que de amor todo mundo precisa
Mas por algum motivo cruel o amor lhe foi negado
Quem poderia negar que borboletas precisam de asas para voar?
Ela sangra todos os dias
Mais que todo mundo por aqui, mas que todos que já conheci
Nesse mundo onde as pessoas fecham os olhos
Ela continua correndo até dela mesma
Para manter-se distante das mentiras dos outros

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

What's Up?

"And so I wake in the morning and I step outside
And I take deep breath
And I get real high
And I scream from the top of my lungs
What's going on?"

domingo, 1 de agosto de 2010

Eu mesma


Acordei de mais um sonho confuso e transtornado
Esqueci a brisa do mar que batia no meu rosto e voltei
Pois tudo que preciso está dentro de mim

Continuo subindo e descendo escadas
Tento esquecer seu sorriso durante a noite
Eu me pergunto se ele ainda pensa em mim.

Fico cada vez mais longe de algo concreto
Quem poderia ser culpado além de nós?
Vou juntar-me aos perdidos para mais uma caminhada

Não adianta querer ser apenas mais uma menina
Continuar correndo feito louca para me sentir um pouco melhor
Vou parar de seguir esses caminhos que me deixam cada vez mais só
Ele não está aqui para segurar minha mão
E de que adiantaria, está sempre mais perdido que eu
Vou encarar o mundo de frente

Sei que o percurso é longo e perigoso
Mas desta vez não vou brincar de Deus e tentar adivinhar o destino
Vou ser apenas eu

Mergulhei em um mar de pureza
Aprendi que sonhos não se tornam reais
Pelo menos aqueles que existem eu e você.
Ela jogou a moeda para cima,
decidiu por mudança
se não tinha uma forcinha do destino
crer em sorte deveria prestar para alguma coisa.

Tentou acordar cedo,
mas sentia muito frio nas manhãs e não tinha como aquecer-se.
decidiu então acordar tarde,
mas viajar pelas estrelas na madrugada apenas aumentava sua solidão.
Preferiu não acordar.

Saiu na chuva, não quis esperar pelo tempo bom
com a esperança de que um milagre
mas não conseguiu nada
apenas um enorme resfriado.

Ele se virou para ir embora
Ela ainda tinha um fio de esperança que ele mudasse de idéia,
não poderia ter deixado de amá-la assim de uma hora para outra.

Je ne veux pas d'un amour sans faille


Há uns dias a vi. Descia as escadas do palácio, passos firmes e aparentemente seguros. Segurava o cabelo com as mãos de forma prática e rápida, e com muita destreza prendia o cabelo com um laço vermelho. Rabo de cavalo alto exibindo a nuca. O olhar vinha de baixo, como as modelos quase despidas das capas das revistas. A sensualidade era ajudada pela beleza de cabelo loiro e cacheado. Atrás dela olhares e rumores, provocava e sabia-o.