sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

"Sobre o que eu nem sei quem sou" (8)

Quando ando, mexo os braços ao invés da bunda, nunca fui de rebolar por aí. 
Amarro o cabelo sem usar elástico, displicente assim mesmo. 
Não uso perfume importado, mas tenho cheiro de flor e um gosto raro. Sou azeda e doce, dentro do mesmo momento. Do jeitinho que era aquele chiclete rosa que a gente mascava, um atrás do outro, e
que muito infelizmente não está mais a venda.
Ah, eu sou, sobretudo, um delicioso trago, bebida ou cigarro, ou os dois. 
É sempre muito, tudo e misturado.
 Eu sou o tumulto do show de rock, o calor dos corpos suados, e o suor no pé do cabelo que molha os dedos da mão que passa, no meio do beijo, no meio da rua, no meio do bar, sou a respiração quente, o gemido baixinho, o arrepio e as mãos dadas no caminho de volta pra casa.
Eu ocupo espaço. Grito, pulo, bato palma e canto alto. 
Ofereço sorrisos e a mão, mas para quem sabe pedir, eu também dou o braço. Mais tarde, sutilmente, vou tirar os sapatos e se você, por acaso, ainda estiver calçado, vai ouvir-me que deixe os seus de lado. Gosto de andar descalça por que prefiro não ter cuidados quando caminhos sobre o seu peito, ou pelo assoalho. Falo muito, muito alto, e para todo o lado, e posso parecer desbocada, se necessário. Não que me
falte elegância ou respeito, mas eu acredito no fato de que a força do que se pensa também se flui através dos lábios. E sempre fui assim: impulsiva e intensa de nascença.
E tomo cerveja, Whisky, cachaça. E faço bagunça. E fico rindo atoa. Sou atrevida, olho nos olhos, encaro, sustento o olhar. 
Mudo varias vezes ao dia. Seja de ideia, de humor ou de roupa.
 Aprecio cada pequena coisa de que é feita a vida. 
Valorizo cada palavra que couber numa alegria ou numa ferida. Mas, como também a lua varia, há dias em que eu fico estupidamente introspectiva. Só quero cama, livros e músicas, nada de companhia. Espero que saiba como sou e que não se canse de esperar.
Como disse sou fêmea de gosto raro. Sou azeda e doce dentro da mesma mordida, complexa em cada pedaço.
 E tanto engorda quanto mata quem um dia possa se atrever a me provar.
E por isso digo que sou o melhor caminho para a perdição do juízo.
 Um prato cheio para o desassossego. 
E eu, gosto muito de tudo isso e não mudaria por nada.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Tudo Novo, de novo!

Começar mais uma vez, não é fácil, nunca é fácil...
Parece que meu cérebro se recusa aceitar tantas novas informações.
Nem parece que estou em um lugar tão familiar e que já sei tanta informação.
Tenho medo...
E é com essa sensação de borboletas no estômago que uma nova semana começa.

Boa sorte,

Para nós!