quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Saudades

"Você realmente quer ir? Tudo bem. Pode ir. Mas me deixe sua boca. Teus braços. Tua voz. Tuas pernas. Teu peito. Ou melhor, vai não. Fica aí, que você é meu pedaço de luz. Que você é o todo do tudo que preciso."

Eu sempre soube que não seria fácil, se dissesse que a proximidade não me balança, que o teu perfume não me balança, que o teu toque não me balança, estaria mentindo pra mim mesmo.
Ainda não sei explicar o dano sofrido por sua perda, sim, perda! 
Não temos mais volta, nem por mim nem por você.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

"Fica. Tem biscoitos de chocolate na cozinha. Tem livros legais na prateleira. Tem jogo de tabuleiro, baralho ou coisa assim. Tem coisa de beber, de fumar. Fica, droga. Tem seriados legais no 44. Eu prometo não te machucar fazendo cócegas. Prometo acarinhar o lóbulo da tua orelha e te fazer massagens também. Ou te colocar no meu peito e te fazer carinho na nuca até você dormir. A gente pode transar, se você quiser. A gente pode falar mal dos outros ou da gente mesmo. A gente pode ficar em silêncio, também."

E eu quis, e como quis, que você ficasse, enchesse meu coração e meu quarto de toda a sua alegria desorganizada.
Mas de que adiantava insistir.
Você veio e foi embora, como uma onda, que desorganiza a areia da praia.
Eu implorei, insistindo em um sentimento inútil, fadado ao fracasso desde o primeiro segundo.