sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

E de agora em diante...

Esse ultimo post será para fechar 2010 e receber 2011 com esperança de um ano novo abençoado, que eu tenha persistência para não desistir dos meus sonhos, que eu tenha menos medo, mais certeza, que eu seja mais paciente, menos mau humorada e que dê continuidade as coisas que comecei em 2010.





E de Agora Em Diante

Composição: Oswaldo Montenegro

E de agora em diante teria sido decretado o amor sem problemas
E seriam vitrines nos olhos, e as almas vagariam sem medo
E de agora em diante seria pra sempre o que pra sempre acabara
E seria tão puro o desejo dos homens,
Que dionisio enlaçaria a virgem com braços enternecidos
E aplaudiríamos, calmos e frenéticos como um são francisco febril
E de agora em diante pra trás não haveria
Não mais a virtude dos fortes, mas o mérito dos suaves
O homem feminino e a mulher guerreira
O amor comunitário, sem ciúmes.
Dariam as mãos as moças que amo e brincariam de roda em volta de minha preferida
E um artesão criança esculpiria flores nos cabelos e um sorriso sincero no rosto
E de agora em diante mahatma ghandi tava vivo pra sempre e jesus era hippie,
Beethoven era roqueiro e lenon era como nós
E se não desse certo, de agora em diante, ao menos teríamos tentando.



Me traz lembranças de sonhos esquecido e aquece o coração, esperança de um futuro melhor!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

É que eu ia deixar minha televisão por amor, é que eu ia esquecer da cama de solteiro e dos lençóis pra um só. Porque eu queria que fossem dois, nós dois. Porque eu achei que nós queríamos que fossem dois. Porque se fossem três, se fosse com você, seria lindo também. Porque hoje, quando eu olhei o tempo nublado e escuro doeu meu coração, saudade me faz sofrer todos os dias, porque eu queria tanto te contar que ontem era um dia importante, e ainda me pergunto por que você é sempre, sempre, a primeira pessoa que quero contar, e é a única que não sabe ou não quer saber. Te procurei por onde minha vista alcançava mas não encontrei. Nada. Nem de mim. Nem de você.

24/12/2010

Jornal de ontem com noticias de anteontem!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

- Dê-me uma chance e eu tornarei o mundo mais belo novamente.

O silêncio pode ser ensurdecedor.

De repente, o mundo ficou mais belo novamente.
"Butterfly, baby, well you've got it all".

sábado, 25 de dezembro de 2010

Um dia você me disse que eu nunca mais me sentiria só, que você estaria para sempre no meu bolso. Sonhos descabidos e irrealizáveis, com você tudo era possível.
Mas nada dura pra sempre, acho que te perdi.
Afetos martirizados pelas mágoas, amizades interditadas pelo tempo e o espaço imposto, sempre pronto a voltar ao passado.

Nunca me senti tão só.

Acontece que hoje escolheria a sua companhia, sua alegria era minha liberdade. Então, peço que fique, puxe uma cadeira, tome um copo. Depois podemos andar pela cidade, podemos pegar aquele ônibus que eu me recusei, você pode ficar por mais um dia, embrenhar dedos ousados em indicações de saída mais do que necessária, opção há tanto tempo rejeitada pela ingênua – porém tímida – caminhada rumo à novidade.
Era minha novidade preferida.

Não consigo me tornar proprietária de minhas memórias.

A novidade é que, meus caros, ando mais só do que jamais estive. E quero tardes acompanhadas não apenas pelas chuvas de verão intercalando sol quente em céu sem nuvens, mas também pelo olhar reconhecido, pelo carinho, até que haja, entre nós, o mais próximo de uma verdade desinibida. As gargalhadas sem censura.

Neste agora me sinto deixada de lado.
Beber aos goles lentos a honra de estar viva. E nessa vagareza, nunca mais me embriaguei. Já que nunca mais estive acompanhada por sua companhia, só pela falta que sinto dela, da saudade misturada com a ausência.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL! Feliz porque?


Eu não gosto de natal, não sei explicar porque e nem mesmo quando isso começou, acho que apenas não gosto. Não lembro quando deixei de acreditar em papai Noel (ou se algum dia eu acreditei) ou quando me contaram o “verdadeiro sentido de natal” (se é que tem algum sentido).
Talvez tenha sido pelo choque que tomei no pisca-pisca ou por nunca ter tido um natal em minha casa, ou ainda por ser obrigada a ir pra Sta Teresa todo natal.
Talvez seja porque eu nunca ganhei algo que realmente fosse a minha cara e como minha irmã foi e continua sendo preferida.
A única lembrança que tenho é de sempre me sentir triste e angustiada. Nunca entendi muito porque as pessoas são tão ruins durante o ano todo e nessa época são tomadas pelo “espírito natalino” da compaixão, isso é ridículo.
Se eu não me dou bem com minha família porque sempre tem a tia chata e fofoqueira que só vai na sua casa pra reclamar, sua prima mau humorada que só briga, seu cunhado folgado que quer ser servido 20h e seu sobrinho pentelho que só quer ouvir o especial de natal da Xuxa que insuportável... Porque tenho que fingir que gosto disso quando eu não gosto?!
Porque tenho que comer peru, odeio peru, começo a comer o peru no natal e termino no Ano Novo. Exagero de comida – e o desperdício vira fartura, e a gula se transforma em prazer e satisfação, sem falar nos que detestam o natal tanto quanto eu mas também são obrigados a participar do teatro de família perfeita e esses são os que se afogam no álcool da ilusão.
Eu detesto natal. Prefiro as farsas que a arte me proporciona, quando eu sei que são farsas. Prefiro as farsas que eu invento. Não tentem me tapear com todo esse “espírito natalino”, filhos imbecis de Papai Noel. Um dia derrotaremos os imbecis. Feliz Natal!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Tenho a sensação de que as coisas saiam mais bonitas quando eu conservava aqui dentro uma certa dose de “porra-louquice”. Os textos tristes são tão bonitos, eu acho... A tristeza é meu sentimento de inspiração.
Mas não posso mentir, estou feliz. A felicidade não é bonita como todos pensam, ela é ácida como a sinceridade, a verdade.
Ainda que às vezes eu tenha vontade de destruir tudo aqui dentro, pra fazer tudo nascer de novo. Aquele velho clichê de fênix, que grande besteira. Mas não aconteceu, não acontece, nunca vai acontecer. Talvez esta seja uma das razões porque a saúde permanece aos trancos e barrancos, o corpo escolhe algum ponto pra estremecer, é impossível ser dura, e como a alegria permanece convicta, que prejudique a saúde então.
Não vejo a hora de sair daqui. Esse lugar me ofusca.
Estou com sono.
Mal comi e já estou com fome.
Tédio!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Não temos tempo a perder


Não sei quando foi nem como, mas eu me percebi diferente. Não sei quando foi que eu comecei a gostar de roxo, de preto, de escrever o que eu sentia, gostar de musica clássica, não sei quando eu deixei de ler gibis - já que gostava tanto - não lembro quanto tempo se passou mas parece que foi em outra vida, mudei tanto que nem reconheço o que eu era, não sei onde perdi meu amuleto da sorte, não sei onde está aquela pedra verde tão linda que eu ganhei no rock mais alagado e escuro da minha vida, não sei quando foi que eu decidi fazer contabilidade mesmo sendo apaixonada por fotografia, mal me lembro quantos anos eu tinha quando virei essa Anaguiza, nem mesmo sei porque sou Anaguiza.
Depois de centenas, ou melhor, milhões de pensamentos eu dei um pause e pensei em como o tempo passa rápido, até ontem tudo era tão diferente. Não há mais tempo pra nada, parece que os dias duram 10 horas (e sou prejudicada nesse caso porque possuo a necessidade especial de dormir ao menos 10 horas por dia). Sobra pouco tempo pra ser feliz.



"Não temos tempo a perder..."

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Algodão doce

Um sorvete de cereja terminaria super bem o dia. Sol quente ainda as 17:30h. E a camiseta dela esquentava tanto. Claro. O céu da cidade é claro e lindo. Olha, olha, olha, olharia a tarde toda pela janela vendo as nuvens num vai e vem sonolento. Estrada. Qual é a música? Calor. Pimentas. Tamanhos e cores. Surpresa. Encontro raro. Sol quente. Contra qualquer tipo de opressão, livre. Conversas evitadas. Estranhos. Novos. Bebida. Bebida, por merecimento. Sabonete de erva doce. Não. Verdade ou mentira. Desafio. A gente só diz a verdade. Eu não sei. Sono, sempre. Ir embora. Estrada. Chuva, chuva, chuva e chuva. Sem saída. Sorvete pra terminar qualquer coisa bem. Macarronada. Saudade e você assim, me chamando. e eu com o pensamento lá em você. Não te contei? Mas tenho vontade, todos os dias. As vezes eu até penso.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

As vezes eu sinto vontade de me esquecer. Não exatamente esquecer quem eu sou, a vontade é esquecer coisas e pessoas inúteis. Quero esquecer tudo que me fez chorar nessa vida, quero esquecer que dei o melhor de mim sempre e esquecer que um dia eu disse que seria sempre igual. Nada é sempre igual, mas pode ser melhor. É, as coisas que nunca vão ser iguais, não vão ser, mas melhores, quem sabe, basta eu me esforçar para que as mudanças sejam sempre para melhor. Abandonar o passado é quase uma ótima lição de desapego, calma?, eu não preciso mais ter nexo e o que eu quero mesmo dizer é algo como desista desse poço fundo aí, vai dar trabalho voltar quando não houver mais nada. Volta que há tempo, um amigo me disse certo dia que é 3 segundos e os deuses do tempo me disseram que se eu fosse rápida e se tivesse certeza era pra ir em frente. E essa preguiça que agora é mais constante. Não tenho mais motivos para perder as noites de sono fazendo cafuné ou contemplando aqueles olhos cerrados, tanto faz, o que importa mesmo é que eliminando minha preguiça eu consigo fazer mais coisas e tenho mais tempo de planejar meu próximo passo pra fazer minha existência ser maravilhosa, e eu vou conseguir. Quem quiser, vem - que pode ganhar muitos cafunés e rir junto comigo do meu sorriso arrancado sem força, quase um (re) nascimento. Porque é preciso morrer todos os dias.






"A cidade é suja e só
Mas isso eu não preciso mais ser
Se já não tenho nada pra falar
É sinal de que chegou a hora de fazer" ♪♫

domingo, 19 de dezembro de 2010

Lembrou-se da primeira vez em que foi ao seu bar favorito, tão perto de sua casa... Estava bonita, e cheirava a alma nova.... Estava com as pessoas que gostava mais que a própria vida.
Estava absurdamente triste. Talvez ela fosse a moça mais triste que já pisou naquele bar. Dois anos depois ela sai daquele bar com a mesma tristeza que entrara no primeiro dia.


Acostumou-se com aquilo, não sabia mais viver sem.


A última conversa em que eles estavam sozinhos foi na calçada de uma rua escura, porque ele fez isso com ela? Porque humilhava ela assim? Ele só queria diversão e ela não queria mais aquilo; ainda hoje ela passa em frente onde era o bar, agora reformado e abrigando um escritório, mas já foi uma funerária antes, e sente um nó na garganta...
Era começo de noite, o cabelo já estava diferente, as blusas de banda foram aposentadas, assim como a promessa de amizade eterna, tudo ficou para trás.
Quase não reconheci, ele estava tão velho e tinha o olhar ainda mais triste do que eu podia lembrar.

Quase dois anos depois, sem voz, sem cheiro, sem ver, começa cicatrizar.... Mas isso não significa que pare de doer.

sábado, 18 de dezembro de 2010

O lugar em que entro todos os dias é verde, verde claro tipo chá. A sala é grande. A cadeira é desconfortável. Do meu lado esquerdo fica a janela, gosto de ver o céu e as nuvens passando.

Há 3 anos, todos os dias são exatamente iguais.
Entrar na sala verde com piso velho, sentar e soltar o habitual palavrão: "caralho-tá-foda". Como um cordial “Bom-dia” obrigatório.


E mesmo depois de tanto tempo ainda me sinto uma estranha, como se meu lugar não fosse aqui.

Eu sou estranha, é difícil saber se realmente estou triste, nem eu sei. Tento me controlar ao máximo.
Acho que é a primeira vez que escrevo sobre mim, como me sinto. As pessoas só conseguem ver pelo lado de fora, mas só eu sei como é aqui dentro.


A primeira lágrima cai, a lagrima que segurei pro tanto tempo. E não era de alívio. Era de desespero. Era de cansaço. Era de desgaste ou desgosto.

Por tanto tempo foi tudo tão bom... Dançando pelos bares, bebendo e cantando, era tão livre e tão feliz.

Eu não sei o que fazer, pra onde ir, eu não faço idéia de nada, então eu preciso que alguém me diga o que fazer e eu preciso muito e eu preciso agora porque estou realmente muito muito muito cansada.
Será um castigo? Estou sendo punida?

Predestinada a infelicidade o resto de meus dias?



hoje doeu.
A pequena menina loira cresceu e desaprendeu a chorar.
Desde pequena lhe foi ensinado que devia guardar seus sentimentos em uma pequena caixa, que deveria ser escondida no fundo do seu guarda-roupa. Não deveria dividi-los com ninguém.
Os sentimentos, porém, inconformados, vagarosamente, um por um, abandonaram a pequena garotinha. Que agora grande, deixa a caixa vazia abandonada no passado.
Quando lhe perguntavam: Porque não ri garotinha? Porque olhas assim indiferente? Porque não falas?
A pequena se limitava a abaixar os olhos, procurando dentro de si algo que nunca a pertenceu, mas se pudesses ir ao encontro de seu olhar, verias que apenas um abismo.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Fazia tanto tempo que eu não me sentia assim. Pela primeira vez, sinto. E sorrio.
No segundo seguinte, disfarço. Engulo tudo o que quase cuspi. E guardo, com carinho... Mas guardo.
Guardo aquilo que eu só posso apreciar. Aquilo que eu tanto quis sentir. Sinto, mas como se fosse um pecado guardo só pra mim.

Como poema de Mário de Sá-Carneiro, musicado pela Adriana, que não me sai da cabeça desde o presente. Aconteceu. Assim como tudo acontece.

Tem sido o último pensamento. E o primeiro também, que pode ser continuado o dia todo.
É uma mistura de riso por dentro com uma pitada de angústia. Mas não dói. Só incomoda.
Me incomoda inteirinha o dia todo.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010


"A pergunta é: qual será a cor de tudo nesse momento

em que eu chegar para buscar você? Que dirá o céu?

Pessoalmente, gosto do céu cor de chocolate. Chocolate escuro, bem escuro. As pessoas dizem que ele condiz comigo. Mas procuro gostar de todas as cores que vejo — o espectro inteiro. Um bilhão de sabores, mais ou menos, nenhum deles exatamente igual, e um céu para chupar devagarinho. Tira a contundência da tensão. Ajuda-me a relaxar.

. u m a p e q u e n a t e o r i a .

As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim, mas, para mim, está muito claro que o dia se funde através de uma multidão de matizes e entonações, a cada momento que passa.

Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes.

Amarelos céreos, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas.

No meu ramo de atividade, faço questão de notá-los.

A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS

Olhar pro céu ainda é um dos pequenos prazeres que vou levar pra vida toda.
Tentando ser melhor.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Abri os olhos de manhã, mas me doía muito acordar. Aconchegava-me, mas era inútil. Aquele choro contido e envelhecido que não saída da minha cabeça. Pensei na morte, num parto, um lapso, imaginei a dor de um recém-nascido saindo para um mundo muito claro e frio
Essa dor, sim, era física, mas também não posso negar que seja na alma; o choro, se contido, era forçado com palmadas. Tudo se pode enquanto não há discernimento, chorar é das melhores e mais perdidas condições. Mas a dor de acordar depois de emplacentado no edredon, essa era puramente consciente: eu sei que existo, sei de minhas responsabilidades, dos meus problemas e também sei que deveria sair dalí. Sentada o dia todo numa cadeira péssima, o desconforto era certo. O contraste do ar que me acondicionava no trabalho, o brilho da tela do computador... a vida refrigerava e aquecia, mas são as coisas do lado de dentro que mantém a vida , alimentando docemente com estresse e dor. Mudanças tão drásticas de humor, de temperatura, tudo podendo ser evitado se o casulo do cobertor não fosse quebrado às matinais badaladas que soam como trombetas anunciando o dia rotulado, medido e aprisionado previsto... só mais um número para se riscar no calendário, contar as horas , esperar que elas passem e que o telefone não toque. O corpo mal levantava e já estalava todo à tarefa do espreguiçamento involuntário.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Gostaria de prometer que amanhã vou acordar feliz e que o dia vai ser leve. Que vou sorrir, falar bobagem e tornar as horas menos densas.
Gostaria de acordar sem a sensação de estar sufocada, como se o sol que me arde a pele também tirasse meu ar.
Gostaria de selar um compromisso com a paz, mas a vida anda me doendo mais que o comum. Está cada vez mais difícil sobreviver.
As vezes me pego admirando o céu, as nuvens, a lua. Tento entender o silencio sem me sentir sozinha.
Sinto saudades de coisas que achava nunca ia lembrar.
Espero todos os dias por alguém que vai me dizer que a vida é assim:

Alguém vai dizer a ela que a vida é assim: de altos e baixos, alegrias e dores, amor e indiferença, incompreensões e sentimentos desconexos. De tudo que se pode querer. Que é mais fácil do que parece.

Só que a essa altura, eu já sei que todos vão se reder a essa idéia, bonita e vaga, eu acredito.
Mas ainda é cedo, pelo menos para mim, ainda não aceito essa rotina cheia de mesmice e chatice, irritação e medo.

E me pego na esperança das frestas, bordas, fendas do tempo, um raio de lembrança de tudo que eu acreditava existir...

sábado, 11 de dezembro de 2010

É fácil morrer. Morro todos os dias, cada minuto, segundo... A toda hora, em todos os lugares, a morte está se oferecendo. Mais difícil é continuar vivendo. Eu continuo. Não sei se gosto, mas tenho uma curiosidade imensa pelo que vai me acontecer, pelas pessoas que vou conhecer, por tudo que vou dizer e fazer e ainda não sei o que será. Apego-me a idéia de que se nada der certo a decisão está em minhas mãos.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

As vezes eu sinto medo de sonhar, medo de sonhar com as coisas que nunca serão verdade. Tenho medo de acreditar nas minhas utopias, medo de acreditar demais em mim. Medo de no final ver como fui estúpida de acreditar que poderia ser tantas coisas. Sonho alto e sem medo, mas a partir do momento que começo a acreditar na possibilidade de realização desses sonho me preocupo, tenho que contentar-me com a realidade.
É tão vicioso sonhar, vejo-me abraçando o mundo, amando, vivendo, um futuro bom mas que não passa de um sonho. Para quem acredita tão pouco no presente, parece absurdo imaginar e fantasiar um futuro assim, tão incrível. Mas é somente o que me é permitido.
Talvez seja assim, pois sempre penso que amanhã minha vida vai começar. Sonho com um momento em que as coisas começarão a andar. O exato momento em que eu descobrirei quem eu sou e por que estou aqui, descobrirei meus talentos, meus vícios e virtudes. O momento em que terei a alma completa o bastante para começar o que devo fazer. Sem medos, usando todas as armas que me foram dadas. Mas enquanto isso não acontece, me limito a escrever sobre coisas que talvez não façam sentido para quem as ler algum dia, se é que alguém lê isso aqui, até mesmo porque, as pessoas que dizem gostar tanto de mim nem ao menos me conhecem, e talvez não façam sentido algum nem para mim, mas confortam e geram mais sonhos que, inúteis ou não, vão formar uma parte de mim algum dia ou então serão simplesmente a prova de que apesar de tudo, sempre acreditei que podia algo mais que isso.

"A minha insatisfação não vai causar impressão
E o meu destino cruel não vai chamar sua atenção" ♪






Mais um final de semana por vir, não vejo a hora de estar em casa.
Depois de dias dormindo mau ontem dormi como um nenem, ouvindo Meu presente de Amigo X, fui supreendida pelo meu chefe que me deu um MARAVILHOSO Cd duplo do The Clash, surreal.
Sonhei, sonhei muito, sonho bom, apreensivo, mas bom... nada de pesadelos!

Mesmo com tantos problemas, vou tentar não levar a vida tão a sério ^^

Então, the clash!


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

"Eu fiz de tudo pra ganhar você pra mim
Mas mesmo assim...

Minha flor serviu pra que você
Achasse alguém
Um outro alguém que me tomou o seu amor
E eu fiz de tudo pra você perceber
Que era eu..." ♪


Bem, é o suficiente por enquanto!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Não estou me flagelando. O que quero dizer é justamente o que estou dizendo. Não estou com pena de mim, nunca fui de ter compaixão ou auto-piedade ao contrario do que dizem, sou impiedosa. Tá tudo bem. Tenho tomado banho, cortado as unhas, escovado os dentes, bebido leite e até tomado remédios. Meu coração continua batendo - taquicárdico, como sempre. Dá licença, Mika: “This is the way you left me, I'm not pretending, No hope, no love, no glory, No happy ending This is the way that we love…” Balela! Tá limpo. Sem ironias. Sem engano. Amanhã, depois, acontece de novo, não fecho nada, não fechamos nada, continuamos vivos e atrás da felicidade, a próxima vez vai ser ainda quem sabe mais celestial que desta, mais infernal também, pode ser, deixa rolar...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Declarações de uma teoria falida

Quero que você saiba que sempre será parte de mim, mesmo que seja minha pior parte. No pouco tempo que passamos juntos, você conquistou um lugar especial no meu coração, que eu vou levar comigo para sempre e ninguém pode substituir… Mas, acima de tudo, você é a primeira pessoa que amei verdadeiramente, eu só não sabia que amor era esse sentimento sujo. E não importa o que o futuro traga, você sempre será minha maior parte, e sei que minha vida é melhor por causa disso.

Solidão? Que nada!

E tô achando bom, ficar só é ótimo...
E estou repetindo que bom, Deus, que sou capaz de estar vivo sem vampirizar ninguém, que bom que sou forte, que bom que suporto, que bom que sou criativa e até me divirto e descubro a gota de mel no meio do fel. Colei aquele ''Eu Amo Você'' no espelho. É pra mim mesmo, só pra mim. E só de pensar que eu já fui assim...
Cansei de pedir desculpas pela minha sinceridade, a verdade machuca. Cansei de me mandarem falar baixo. Não vou me martirizar e tentar ser como os peixinhos iguais nadando em cardumes, não vou me atropelar para fazer as vontades de pessoas mimadas que acham que o mundo gira em torno do umbigo. Eu vou ser isso aqui, eu mesma, e que se dane a opinião alheia, se eu to bem é o que importa, não devo nada a ninguém. Não acho que seja egoísmo, mas se for então foda-se, não vou mais esquecer de mim.
Eu não preciso de mais uma pessoa na minha vida!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Ela acorda todos os dias com preguiça de levantar, o cansaço consome seu brilho.
Vira para o lado e diz sonolenta que dormirá só mais cinco minutinhos, pode deixar a vaidade de lado.
E volta a adormecer.
O despertador toca novamente, ela levanta sonolenta e vai tomar um banho quentinho.
Em seguida está desperta, não é a melhor cara do mundo, evita o espelho e sai.
Tomar banho sem pressa é luxo do final de semana, chacoalha os cabelos molhados sem pentear, espalha creme pelo corpo, borrifa um pouco de perfume.
Gosta de voltar pra cama ainda nua, ouvir musica.

É Justamente essa ausência de pressa que deixa o final de semana tão gostoso.
E se vai sair a coisa muda, olha o espelho mais de mil vezes e vai...
Linda, sorridente, segura de si.
Está pronta para o que vier.
Vai, apenas vai...
E desaparece na curva da esquina.

Não importa se vai voltar deprimida ou alegre, o perfume ainda está no quarto, na roupa de cama, o encontro com ela mesma em seu palácio é inevitável e é só ali que tudo fica bem.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Veja bem, meu bem...

"Veja bem além destes fatos vis.
Saiba, traições são bem mais sutis.
Se eu te troquei não foi por maldade.
Amor, veja bem, arranjei alguém
chamado "Saudade'." ♪♫

O abandono não pode ser isento de culpa.


E é por isso que aqui estou, mais uma vez, escrevendo sem um sentido ou objetivo concreto, nem para uma determinada pessoa, apenas para amordaçar o sentimento de culpa, que funciona como um bichinho da madeira, que consome aos poucos, ou talvez vorazmente como um leão, a carne puramente imaginária do coração.

Abandono-me simplesmente por ter me acostumado com o abandono.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Já faz tanto tempo que esse meu EU não me faz uma visita para ficar. Esse meu Eu dos olhos doces e brilhantes, abraço quente, lábios regados de alegria. Estará doente o meu EU? É que saudade também é doença. E é doença minha essa falta de sentidos, seria contagiosa?
Mas para que quero ouvidos, os olhos ou minha boca? Não quero ouvir o ruído do mundo que só me entristece, ver tanta miséria ou sentir o sabor ácido das almas mortas.
Mas esse meu EU é especial, não merecia um triste fim como o meu.





"You know the lies they always told you
And the love you never knew
What's the things they never showed you
That swallowed the light from the sun
Inside your room, yeah


Comin' down the world turned over
And angels fall without you there
And I go on as you get colder
Always someone


And there's no time left for losin'
When you stand they fall" ♪♪♪

IRIS

"E eu não quero que o mundo me veja
Porque eu não acho que eles entenderiam
Quando tudo é feito para ser quebrado
Eu só quero que você saiba quem eu sou

E você não pode lutar contra as lágrimas que não vem
Ou o momento da verdade em suas mentiras
Quando tudo parece como nos filmes
Sim, você sangra apenas para saber que está viva" ♪♫




O mundo está cheio de mortos e eu estou cheia do mundo. Obrigo-me a renascer todos os dias.

Hoje gostaria de ouvir violinos. O silêncio é emudecedor, mas está cheio de sons.
O silêncio está cheio de som, não de ruídos. O ruído está cheio de mundo. E de mortos. E cheia de mundos estou eu. E se os tenho, e tenho muitos, então, que seja um mundo de cegos, surdos e mudos mais sensíveis que possa existir. Esses, os meus deficientes, ouvem violoncelos, pianos, harpas, sopranos e baritonos, ouvem baterias e guitarras elétricas, solos e mais solos. Ouvem música. Não ruído.
Meu mundo é ideial!


Na realidade o Silêncio é algo ideal. Não existe. É simplesmente uma idealização.