sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Hoje não, deixa pro ano que vem.

sábado, 24 de dezembro de 2011

ODEIO O NATAL



Eu odeio o natal, sempre odiei e sempre vou odiar.
Na minha casa nunca teve arvore de natal, decoração, nem nada. Fui privada de passar no natal onde mais gosto por muitas vezes e o dia que queria passar o natal onde estava tivemos que ir embora pro que eu não tinha o direito de ser eu e talvez viver minha primeira experiência de felicidade.
Eu nunca ganhei de natal o que eu realmente queria e ficava ainda mais triste em ver minha mãe triste por não poder me dar o que realmente queria.
Natal é uma merda!
Todo mundo pira entre o dia 20 e o final de ano, acho que tem a ver com o 13º, ou todo mundo odeia o natal e vive fingindo.
Hoje e não estou me sentindo bem, mesmo estado com o humor bom.
É dia 24 e eu estou com medo.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

“Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Mas não me diga isso
Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira
e quando chegar a noite
cada estrela parecerá uma lágrima
queria ser como os outros
e rir das desgraças da vida” ♪


Já me esqueci como se escreve.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011


E esse calor que eu sinto sempre que abraço ele. E esses beijos na trave, que vontade que eu tenho de dar um passo a frente, que saudade do seu corpo quente...
E esse cheiro que eu senti nos meus lençois por meses e agora sinto todos os dias.
Não sei se consigo conviver com isso.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

"I changed by not changing at all" ♪

É que tá tão dificil parar de lembrar... .

"Perhaps that's what no one wants to see" ♪
Não adianta, o ontem passou e a única coisa que me resta é o amanhã

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

PEARL JAM

Comecei a escrever esse post no dia 04 de agosto de 2011 as 09h37min, faltam, a contar de hoje, 92 dias e como já era de se esperar estou à flor da pele. É tanta ansiedade, tanta duvida. E as expectativas então, parece até um sonho.
Já comprei o ingresso no dia 25/07, mas só vou deixar de me preocupar com isso quando ele estiver na minha mão. Também tem a preocupação de não ter grana suficiente, de não conseguir um lugar pra ficar, de não conseguir uma passagem de avião... é tanto medo.
Agora já estou com o ingresso na mão, e uma felicidade que não me cabe.


Ainda trago o coração apertado, os dias estão passando mais rápido.
Agora então, faltam apenas 10 dias para o grande dia, não para de chover, tenho medo, mas uma alegria enorme.




E quando esse post for publicado eu estarei em São Paulo, Morumbi de frente para a realização de um sonho.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Eu invejo a coragem dos suicidas.

É que viver dá um tanto de trabalho e quem nunca pensou em desistir que atire a primeira pedra. Tudo bem que pensar não tira pedaço, e os carolas hipócritas que me crucifiquem o quanto quiserem, mas eu já pensei muitas vezes. Desistir, simples assim.
Nunca tentei, de fato, afinal, tentar é para os fracos. A vida é um fio frágil e delicado, tão fácil de romper. Acho uma grande bobagem essa gente que bebe perfume, cloro, soda cáustica, faz escândalo, quem quer se matar se mata. Em silencio, sem falar nada com ninguém.
Mas já faz muito tempo que não penso nesse tipo de coisa. Agora mais do que nunca tenho sede de viver.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

E eu tento, não sei nem por quê.
Todo dia eu renovo minhas forças.


Porque cada amanhecer é a vida sussurrando: tente de novo.

Eu tento ter fé.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pra quando você voltar

Dedico esse post a uma pessoa muito especial, meu primo.
Um parceiro de tanta coisa. Se o tempo falasse, certamente diria que fomos mais que primos, mais que amigos... mais do que tudo que já foi nomeado.

Comecei a escrever um "diário" para escrever sobre tudo nesse período, pra ele ler quando acordar.
Então, mesmo pra você que está lendo mas não conhece ele, deixo aqui aberto o link pra que de alguma forma me ajude a escrever uma história.

PRA QUANDO VOCÊ VOLTAR

"E como é normal acontecer
Se num entardecer a dor te visitar
Vai ter sempre alguém pra socorrer" ♪

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Falar de mim é facil...

Tanto que muuuuitas pessoas passam grande parte do dia fazendo isso.

Mas eu também faço, adoro falar de mim.
Eu sou assim mesmo, de sorriso desmedido, transparente, quando não gosto não sei fingir, fico vermelha quando sou pressionada ou fico constrangida, sou individualista.
Sei exatamente os meus defeitos e minhas qualidades, tenho preceitos, preconceitos e faço pré-julgamento, não me envergonho de assumir, pois tenho caráter de voltar atrás, pedir desculpas, mudar de idéia.
Sou explosiva, agressiva e bruta, e minha melhor defesa é o ataque, então se algum dia eu agi com rispidez, caro leitor, é porque eu estava me defendendo.
Mas sou grata, sempre, pelas oportunidades que a vida (e as pessoas, é claro) me dá. Por isso tenho dificuldades de mudar de rumo, dizer não, negar... A vida é um ciclo, como uma ciranda com pessoas de mãos dadas. Hoje sou eu, mas amanhã pode ser você.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Uma semana

Uma semana, dependendo do ponto de vista é muito, ou pouco. Para recuperação surpreendente é pouco, para a espera aflita é muito, para os estudantes é o intervalo entre o final de semana. Uma semana tem 604.800 segundos, 10.080 Minutos, 168 Horas, 07 dias. Uma semana é o suficiente para mudar uma vida, oportunidades.
Uma semana foi o suficiente para mudar minha vida de rumo, chorar, sorrir, ver a vida com outros olhos.
Então, uma semana se passou, a vida trouxe muitas pessoas que amo para mais perto. Eu ainda não sei se estou feliz, mas sei que muita coisa aconteceu. Eu dou mais valor agora a minha semana, que começa com uma segunda quente e nova.
Obrigada.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Acasos Isolados

"yesterday it seemed
life was just a dream
a bad dream
you watch them all day long
feel you don't belong but you're wrong" ♪


É que meu inferno astral passou e eu sobrevivi, e sábado foi difícil, eu chorei sem entender muito bem o motivo, não segurei, sozinha na rua. Chorei feito criança com medo ou dor. Dor, certamente era dor, não dor no ouvido ou de dente, uma dor no coração que adormece toda a alma. O abraço dele foi conforto e por instantes toda a dor foi embora.
Mas duas horas passam rápido e eu já estava no mundo real.
A vida é um fio.
Ela estava sentada junto aos outros moradores de rua, suja, enquanto todos dormiam com seus papelões e seus cachorros, ela lia um livro. E eu desejei que ela tivesse uma oportunidade.
Ele entrou no ônibus, doente, deficiente e debilitado, eu senti vontade de levantar e dar todo o meu dinheiro para ele, eu sentia dor e perguntava-me por quê? Enquanto elas riam feito hienas, não se importavam com a presença dele, só queriam distancia e eu me perguntei onde está a compaixão, a empatia?!
Domingo quente, pernas doloridas e uma tristeza inexplicável, sono, sonhos estranhos, castelos e calor. Por quê?
Dor, dor, dor... Então eu fico reproduzindo imagens na minha cabeça, um corpo voando, olhos fechados num corredor de hospital. Rosto de anjo.
Dor, dor, dor. Lágrimas, e a esperança? E Deus?
Com pessoas novas é sempre tão difícil, uma vida inteira pela frente.

Hoje é segunda, eu tenho que ter força e fé. E de agora em diante fazer tudo diferente.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

"Porque as pessoas que deveriam lembrar e aparecer o fizeram. E eu as amo muito,
mesmo se não fizessem isso."

Fazer aniversário é sempre muito dificil para mim.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

É que ser feliz custa um tanto de trabalho.
O Ano já está acabando e eu ando tão insigura, são tantas dúvidas, tanto medo que eu nem sei nem em que me apegar.

É que eu queria escrever na minha pele toda essa expectativa de mudança.

"As possibilidades de felicidade são egoistas, meu amor"

É que pensar enlouquece.

Amanhã é meu aniversário e eu sempre fico assim...

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O mês está chegando ao fim, estou feliz e bastante apavorada.
O céu está pesado e o ar está úmido.
Queria um chá de limão agora.
Queria dormir.


"Someday you'll be fine.."

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Citando Cazuza

Fui acordada na melhor parte do sonho, logo depois de citar CAZUZA

“As possibilidades de felicidade são egoístas, meu amor”

Já faz tanto tempo que não sou mais egoísta, no sonho eu esta me sentindo tão bem, tão feliz.
Ando com tanta vontade de ser feliz que estou até projetando em meu subconsciente.
Acho muito triste eu me acostumar a essa dor, ser conformada com esse destino que me foi dado. Como outras coisas nessa vida, aprendi que vai ter sempre alguém que vai ser pior que você mesmo que você se sinta o pior ser do mundo. E eu me pergunto todos os dias por quê?
É que está ficando cada vez mais difícil o riso solto.
E já entendo que saudade é um aperto que dói bem no meio do seu sossego, incomoda o estômago.
Que carregar sonhos faz bem pra gente, mas que esquecê-los acontece mais rápido.
Que um sopro não apaga só uma vela. Um sopro reacende o que for pra ficar, e a cada vela apagada menos coisas vão ficando, e aos 23 quem ficará após o sopro no dia 07?
Eu sei que pequenas coisas mudam tudo, eu apego a cada pequena coisa pois sei que uma pessoa em bilhões podem mudar tudo. E eu espero.

Eu ando tão down ♪

É que hoje eu acordei sem vontade. Não queria levantar, queria ficar na cama até mais tarde, terminar o capitulo do livro que não consegui terminar de ler ontem à noite. Por que a solidão sempre me faz bem? Por que tenho tanta dificuldade de lidar com pessoas?
Sempre me sinto constrangida na presença de seres lindos, Sempre faço reflexões depois. Por que minha presença causa repulsa?
E se fosse tudo diferente.
Hoje eu acordei meio down, sentindo falda dos múltiplos copos de cerveja, dos sorrisos, das palavras de ilusão, do sexo fácil...
Hoje eu acordei toda dolorida, sentindo um cansaço psicológico gigante. E minha tristeza fez questão de dizer pro sol que agora é sua vez, então o céu ficou nublado. E eu sei que vai chover um pouco, lá fora e aqui nos meus olhos.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Thank U

Em alguns dias eu acordo mais esquisita, diria até mais sensível. Não sei se foi a noite quente. Talvez tenha sido o céu nublado da manhã, as notícias dos últimos dias, meses ou ainda anos. Acordo melancólica e aí acabo meio que automaticamente fazendo retrospectivas, fazendo comparações e ainda mais, até me castigando. Minha mente viaja entre passado, presente, futuro e tudo meio que se mistura. O pior é a sensação de frustração, de tudo que ficou para trás. A memória vem em flashes vivos e coloridos, com sons, cheiros e sabores. Aí eu preciso de uma pausa. Preciso me afastar de tudo o que me faz perder o sono, mesmo que isso só seja possível mentalmente. É que costumo sonhar antes de dormir. E nessas horas, eu tranco nas gavetas os meus fantasmas, os bons e os maus. O distanciamento é mais que urgente e agora preciso de espaço para a razão. Preciso deitar a cabeça no travesseiro e dormir. Preciso seguir sozinha, mesmo que acompanhada. Preciso escutar mais minha razão, que por sinal está aos berros.


THANK YOU
“Fazia muito tempo que eu não tinha vontade de sorrir para nada nem para ninguém, então era extraordinário que ele conseguisse perturbar assim os cantos de meus lábios, fazendo com que eles se movimentassem duramente, numa tentativa de se abrirem. Mas não sorri. Sabia de meus dentes sujos, sabia da escuridão de minha boca. E não queria assustá-lo, sobretudo isso: não queria assustá-lo porque poderia retirar a mão de minha testa e levantar-se daquele lugar. Há muito tempo ninguém me tocava. Acho que ele sentiu o meu sorriso preso e a minha confusão, porque perguntou devagar alguma coisa, exatamente como se tentasse quebrar um momento de embaraço. Não sei que coisa foi, também não sei o que respondi. Sei que depois de ouvir minha resposta, afastou-se abanando a cabeça e dizendo que não era possível, que não ia dar certo, que ele sabia que não tinha jeito. Abriu os braços e voltou a confundir-se com a parede.”

CAIO FERNANDO ABREU

É que desde sábado uma onda de tristeza trouxe nuvens que encobriram meu céu e hoje eu acordei assim nublada. Hoje eu estou cinza, assim como o dia.
É que o calor do toque dele me deixou tão feliz que agora estou com ressaca de felicidade.
Ainda ando enojada do mundo, ainda espero uma justificativa.

domingo, 11 de setembro de 2011

Eu já comecei e recomecei este post várias vezes desde ontem e, a cada tentativa, o tom muda. Alguém já sentiu ressaca de felicidade? Eu sinto sempre. Foram dias tão intensos, foi tanto amor que recebi, tanta beleza me chegou, que hoje me sinto meio oca, ou meio tonta, ainda não decidi. Lá estava ela, sentada na janela do ônibus. Destino? Talvez. Sua maquiagem rosa me chamou a atenção, nossos olhares se cruzaram e ela disse meu nome, da forma que gosto de ser chamada, ela foi simpática, perguntou como eu estava, como a vida estava. Compartilhamos o mesmo sentimento de saudosismo, tempos de fartura de alegria. Três quatro anos, ela se lembrou de mim e eu nem se quer consegui associar ela a um grupo, que era como nos dividíamos naquela época, tão iguais e tão diferentes.

Foram os anos mais felizes da minha vida”.Ela disse e eu concordei. Sábado à noite e eu estava indo para casa às oito e meia, se fossem nos velhos tempos...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

I don't know, I don't know

Sentia falta da liberdade da escolha, de poder acordar tarde, acordar cedo, não acordar.
Achou que era feliz até se dar conta de que nunca foi, nem feliz nem livre. Esteve presa ao chão dos preceitos, preconceitos, do medo.
Olhava-se no espelho sempre menos, não era ela, nunca foi.
Escrevia em diários, em blogs, agora só quer escrever em seu corpo sua história de ilusões que ela mesma inventou.
Diz que é feliz, que é triste, que está perdida, que não sabe o que quer.
Diz que odeia, que ama, que não sabe o que sente... E sofre, por bobagens, por ela, pelos outros, por nada.
Quer voar, mas tem medo de altura. Gosta da vertigem.
No fundo ela sabe que os dias de glória ainda estão por vir. Tenta ser paciente.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

DOS ENCONTROS AO ACASO

Eu nunca fui boa em planejar o futuro, nunca fui boa em planejar nada. Por mais que eu tente estabelecer planos nunca acerto. Nem sei, ao menos, o que vai acontecer no próximo minuto. Sei o que quero do futuro: realizar meus sonhos (no futuro mais próximo o possível, de preferência). As vezes chego a acreditar que meus planos não me cabem.

Ai vem o acaso, o destino, uma força divina (chame como quiser) e faz-me uma surpresa.
É nesse segundo que os olhos se encontram, a respiração para, o sorriso se abre involuntariamente, é possível sentir a presença de Deus.
Ontem tive um encontro ao acaso, que me rendeu uma noite em claro.
Obrigada Deus, 1 minuto feliz são 60 segundos que deixo de achar que o mundo conspira contra.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

INFERNO ASTRAL

Mais um ciclo solar está chegando ao fim e nos trinta dias que antecede o meu aniversário uma sombra de tristeza, azar e eu diria até tragédias, paira sobre mim.
É o meu inferno astral que vai me acompanhando até o dia 07 de Outubro.
Bobagem?
Para muita gente pode até ser, mas eu já passei por isso 22 vezes, então, me conheço melhor que ninguém.
Tento evitar crises nesse período, pois tudo toma uma proporção maior nesse período, fica mais sensível.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

"Some of them want to use you..." ♪

Eu não preciso ter mais de uma face para que gostem de mim. Até mesmo porque eu não me importo se vão gostar ou o que vão falar de mim. Muitas pessoas já passaram por minha vida, pessoas adoráveis, que falavam que nunca haviam conhecido pessoa mais maravilhosa que eu. Acreditei, de verdade, que era assim única e incrível, mas aí vem o tempo e percebo que não posso acreditar cegamente no eterno, nada é eterno, tenho que tomar conta de mim, é só o que me resta.
Egoísmo? Pense o que quiser, devo preservar a única coisa que realmente possuo, eu mesma.
Eu sempre tenho que ceder, atropelar minha vontade, dizer sim quando quero dizer não. Parece que fico sempre a disposição, esperando para ser usada.
Decretei fim, não vou mais mudar meus planos.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Quando dei por mim já tinha 22 anos e não era ninguém, nunca tinha feito nada de útil na vida, era a mesma de ontem só que mais velha, sozinha e triste.
Resolvi fazer algo para mudar, então agora eu nado contra a corrente, não choro mais. Por que sonhos são apenas sonhos, mesmo com medo, para realizar preciso de lutar. Resolvi fazer tudo diferente.


“Sweet dreams are made of this.
Who am i to disagree?”


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

"Wake me up when september ends" ♪

Quando o jornal anunciou primeiro de setembro veio-me uma saudade enorme de 2005.
Estou cansada, diria esgotada, e sentindo uma solidão sem igual. Esses são momentos bons para reflexão, o tempo está cinza, frio e pesado.
Ninguém nunca muda de planos por mim, para eu não me sentir sozinha.

“Like my father's come to pass
Seven years has gone so fast
Wake me up when september ends” ♪

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Tá na moda né!

HOMOFOBIA!

Não vou falar que sou livre de preconceitos, pelo contrario, ainda não consegui quebrar muitos paradigmas da minha vida. Mas não tenho preconceitos de amor, independente que como ele seja, por isso apoio a PL 122.
Vou deixar bem claro que odeio política, não entendo muito coisa e acompanho menos ainda, mesmo assim não fujo da informação. Fui obrigada a ri quando eu vi, contrario a PL 122 o nosso conterrâneo Senador Magno Malta.
Ele não quer criminalizar a homofobia e pensa que somos todos pedófilos e necrófilos, mas acredito que deveria se preocupar menos com as asneiras que solta para cima dos homossexuais e cuidar mais de seu telhado de vidro. E parar com essa conversa fiada de que Deus “curou” ele, curou de que?
Ele não é exemplo de conduta para ninguém, e questionado sobre o assunto, a assessoria do senador afirmou que, oficialmente, ele não sabe de nada. (http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL31859-5601,00.html)

Claro né, até mesmo porque todos os políticos nunca sabem de nada.

Esse era um assunto que tinha ficado guardado nas minhas escritas não publicadas, mas aí eu li uma entrevista com Marcelo Bonfá feita pela Contigo, e poutz, tive que abordar esse assunto (e colar um trecho da entrevista – Completa você vê aqui http://contigo.abril.com.br/noticias/exclusivo-marcelo-bonfa-renato-russo-sem-legiao-nao-seria-renato-russo ).

Contigo! Online: Questões como o combate a homofobia e bissexualidade estão em alta hoje. O Renato Russo já levantava essa bandeira há anos. Em alguns momentos você não pensa.. “Cara, se o Renato estivesse aqui agora...”?
Marcelo Bonfá: Sinceramente não. Até porque não sou gay. Lembre-se que ele já dizia que “ o mundo anda tão complicado”...imagina o que ele diria hoje! Infelizmente as questões não se resumem aos direitos dos gays. Os problemas do Brasil e da humanidade estão muito mais sérios, e ainda ficamos discutindo quem pode namorar quem? Somos muito lentos quando se trata de resolver questões vitais para a coletividade. As razões são muitas e vai da burrice ao oportunismo dos nossos administradores políticos.

O Motivo? Só para você mesmo fazer sua comparação.
E aí, escolha seu lado.

Deus tem sido bom e generoso, seria um sinal?

"There may be pain in the night
But joy comes in the morning" ♪

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Eu não sei o que dizer, eu não tenho pensamentos negativos, eu não tenho mais medo.
Estou feliz, e por enquanto, isso basta!


"I wanted you to know that I love the way you laugh" ♪


P.S. A música que você me sugeriu é linda, me lembra o passado, mas é sua voz que embala meus pensamentos.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

DAS PESSOAS QUE ME ORGULHO

Conheci muita gente nos vinte e dois anos que vivi, gente que passou pela minha vida sem que eu percebesse, gente que acrescentou, gente que foi decisiva para minha formação, sobretudo, aquelas que me orgulho de ter conhecido.
Fiquei tão feliz quando vi o nome dela no jornal, Ufes, acabei realizando um sonho nela, agora as vezes nos encontramos no ônibus, trocamos meia dúzias de palavras, mas isso não diminui o orgulho que sinto por ela. Inteligente e determinada, assim como ele, que colocou seus sonhos em uma mala e saiu do ES, foi em busca do seu amor e hoje é meu exemplo de coragem.
Minha mãe, meu orgulho, ela que lutou tanto, que fez de mim o que sou hoje.
Orgulho-me muito por ter conhecido muitas pessoas, seus incontáveis feitos, sua falta de egoísmos, pessoas que ajudam sem querer nada em troca, gente que tinha tudo pra não ir em frente, gente que saiu de casa, que voltou pra casa, gente que pediu perdão.
Infelizmente não conheci somente pessoas que me orgulham tanto, conheci também aquelas que muito me fizeram chorar, que me ajudaram a pensar em desistir, gente que nunca me deu a mão e gente bem pior, que me dava a mão só para me empurrar para o buraco, gente que virou as costas quando eu mais precisava de uma abraço. Mas pior que essas pessoas, conheci gente que prega solidariedade e é a pessoa mais desumana que conheci.
O que sobrou de todo esse aprendizado foi sabedoria para identificar pessoas que não são tão legais assim, hoje, eu prefiro ficar na companhia de quem pensa no meu melhor, EU.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Se paro pra pensar, enlouqueço!

"Cause I've forgotten all of young love's joy Feel like a lady, and you my lady boy" ♪

O fato é que por detrás de toda aquela armadura existia algo frágil e influenciável. Ela aprendeu a ser forte para sofrer menos.
Mas agora ela está cansada de sempre ser “o homem” da relação.
Ela para pra pensar e enlouquece, já atropelou tantas vezes o amor próprio e deu ouvidos ao seu coração. Ela achava que se ouvisse o coração estaria bem, então estaria se amando também.

Ela demorou um pouco para perceber que se submeter à vontade do outro não é amor próprio.
E mais uma vez, como quem luta para não morrer afogada, escolhe entre esses dois caminhos. Diz que já entendeu, decidiu. Escolheu o amor por ela mesma. Vai ter foco, vai apenas optar pelo que faz bem, o que faz sorrir, e com as escolhas certas o destino há de reservar para ela algo de melhor.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

"Não consigo dizer se é bom ou mal" ♪


Desde a primeira vez que meus olhos viram os seus naquela foto eu o amei. Amei uma pessoa que não conhecia, mas o destinou não tardou e me permitiu conhecê-lo. Então amei seu cabelo bagunçado, seu calor, sua alegria... Ele é do tipo irresistível, diz a coisa certa na hora certa, é educado e interessante.
Não me lembro muito bem do primeiro encontro, pois bebemos demais. Mas é impossível esquecer a luz daqueles olhos.
Nunca soube muito bem quando ele estava mentindo, sempre foi um ótimo fingidor. Dono do melhor abraço, dos segredos mais interessantes, dono de uma grande parte de mim.
Mas as magoas vieram. Lembro-me das esperas pelo telefonema dele.
Telefonemas que nunca vieram.

Eu queria ligar, queria justificar, queria desculpar-me e assumir qualquer coisa para que ele me amasse.

Sou uma menina. (é, isso!) uma menina que nunca amou ninguém na vida. E me pergunto se eu não amo nem a mim mesma.
Estive diante de um homem com um sorriso esperando uma possibilidade de amor.
Diante de um cara com os braços abertos sem saber que me decepcionaria tão logo.



As coisas na vida são muito complicadas. O tempo passa tão rápido. A gente tem um milhão de coisas pra fazer em poucas 24 horas. Momentos de felicidade duram menos ainda.
O ônibus sempre demora quando precisamos. E sempre está lotado quando não deveria.
A mensagem que chega sempre é da operadora. A conta do banco sempre está no vermelho. As roupas sujas nunca estão no cesto de roupas sujas. Na maioria das vezes abrimos mão justamente das coisas que gostamos muito.

Mas eu não abro mão dele. Simplesmente porque gosto dele. E eu não abro mão de nada que Gosto. Talvez até tente.

Eu me pergunto o quanto eu ainda posso suportar...




A vida é tão dura. Tudo passa diante de nós numa velocidade tão grande. Mas há pequenos momentos em que quando o corpo do outro cola no nosso, tudo faz sentido e é mais fácil seguir em frente e sobreviver aos dias tempestivos (dentro da nossa mente).

Eu só queria que ele notasse que amor na vida a gente tem pouco. E que quem gosta da gente de verdade tem menos ainda.

domingo, 7 de agosto de 2011

"Perder o vazio é empobrecer" ♪

Saiu da sala e as lágrimas que segurou já podiam cair sem ninguém ver, porem não sentiu mais vontade de chorar.
O vazio dentro dela era seguro e caminhar com a vista embaçada era ruim e já sentira que havia perdido o chão há um bocado de tempo.


Já dentro do ônibus, cansada, e triste pensou no pressentimento ruim que teve na semana passada.
Não queria voltar pra casa, não queria ficar sozinha. O silêncio às vezes é insuportável pra ela.
e às vezes ela se dói tanto que fica insuportável.
É tão raro entregar-se a sua tristeza, permitir-se chorar, achar que é hora de desistir. Aceitar que não está tudo bem.
Pensou em ligar pra ele, dizer que está com saudades, que quer vê-lo e amá-lo do jeito dele.

E tudo porque hoje, alguém jogou uma balde de água fria bem na cara dela. E foi de propósito.


o que ainda não aconteceu?


Se não fosse trágico, seria cômico. Ou o contrário.
Acordou melhor, ficou feliz por não ter ligado.

sábado, 6 de agosto de 2011

Made in Canada

Esperei a semana toda, surpresas sempre me deixam ansiosa. Olho para ela e vejo o reflexo do meu passado. Eu já tive 15 anos, já usei blusa do NIRVANA, mas hoje estou feliz por ter deixado tudo no passado.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

"Eu sei que agora eu vou é cuidar mais de mim" ♪

As coisas têm mudado tão rápido. Tenho pressa, fome de aprender, vontade de abraçar o mundo, Não me sinto mais “porra louca”, estou mais centrada.


(pausa para o café, porque eu aprendi que é bom). -eu não tomava café.
Uns cinco ou seis anos atrás, me lembro do chão gramado e bom da liberdade, eu passava tardes ouvindo musica, olhando o pôr-do-sol pela janela; eu sofria menos.

Demorou muito tempo até que me sentisse segura o suficiente para me trancar dentro de um novo mundo, eu lutei contra isso todos esses anos, até mesmo porque eu nunca consegui escrever regras e felicidade na mesma frase.
Eu ainda não consigo confiar em alguém, mas já consigo ser eu mesma e estou até sorrindo, me permitindo as vezes até gargalhar.

Então, de repente, não mais que de repente achei que 27 já nem é tão longe, que 3º andar era alto demais pra mim, que não valia a pena pular.

E lá estava eu, uma graduandazinha irritada com as pessoas que discriminam a sexualidade alheia, gente reprimida. De saco cheio de gente que se justifica com base na bíblia, mas que não tem um pingo de compaixão, gente que prega qualidade, mas só pratica defeitos. Gente que bate no peito e diz UFES, mas que toma leite com toddy enquanto a mãe separa a roupa já lavada e passada.

Ultimamente eu estava impaciente, eu estava simplesmente precisando de algumas cervejas e ouvir uma música legal.
E não foi o que aconteceu.

Me lembro de ver o número dele no celular e mentalizar: -liga, -liga, -liga...

Mas fiquei feliz em não ter ligado.

Eu tenho sentado do lado da janela do ônibus. Eu tenho pensado muito. Em você. (é, você.)
Eu tenho tentado me desarmar.
E eu tenho tentado emagrecer.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

De como o mundo da voltas

Detestava passar naquela rua, odiava encontrar aquele menino magro, esguio, loiro, mas sem duvidas odiava ainda mais os comentários.
Antigamente aquele caminho me deixava angustiada, e eu sempre chorava até chegar em casa. Coisa boba de adolescente com opinião ainda em formação.

Hoje faço o mesmo percurso e mesmo depois de muito não vê-lo, sua presença não me incomoda mais, é com alivio que sei que essa rua não me magoa mais.
E eu chego até a sentir pena, ele já não é mais bonito, não tem uma profissão, não estudou, desperdiça agora sua juventude como servente de pedreiro. Não que serviço braçal não seja digno, pelo contrario, foi assim que meu pai me deu tudo que tenho.

Mas o que eu quero dizer é que eu estou passando por este caminho. Que eu estou seguindo em frente. Que eu cresci, tenho minha profissão, sou educada e estou estudando. E que padrões de beleza foram entendidos, agora eu me conheço melhor e me aceito.

O caminho já não me importa mais, a rua não me assusta e a presença dele já não me chateia, e no fundo ele também sabe que nesse momento os ventos sopram a meu favor, nunca mais ouvi os comentários ridículos que tanto me chateavam.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

"É tanto medo de sofrimento...

Que eu sofro só de pensar" ♪

Com tanta espera os dias têm sido massacrantes, doloridos e há sempre algo ruim me rondando, sempre tenha a sensação de que me esqueci de algo. Eu não consigo simplesmente esperar, eu sofro por antecedência. Nada mais justo... Pra quem se livra do arrependimento, resta a culpa para atormentar...
É que tudo é sempre tão pouco, crio tantas expectativas que fica cada vez mais fácil me decepcionar.
Estou tentando não ter medo. Eu sou libriana e duvida é meu segundo nome. E eu não gosto das coisas que me sufocam, acho por isso que nunca consigo concluir nada que começo. Eu não gosto de ordens. Eu não gosto de controle. É proibido proibir.

“A vida que me ensinaram como uma vida normal
Tinha trabalho, dinheiro, família, filhos e tal
Era tudo tão perfeito se tudo fosse só isso
Mas isso é menos do que tudo,
É menos do que eu preciso” ♪♫

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Borboletas no estômago

Ainda não superei o pânico de dizer meu nome no primeiro dia de aula, que por sinal foi dia 25/07. Gostaria de ter escrito antes, mas final de mês é sempre muito corrido no escritório. A faculdade parece-me bem parecido com o ensino médio, a única diferença é que as pessoas escolheram estar lá, então acho que não teremos problemas com pessoas atrapalhando a aula. Até agora conheci quatro professores e todos eles são muito bons. Eles não são velhos, pelo contrario, são mais jovens do que eu podia imaginar.
Claro que algumas coisas nunca mudam, eu ainda prefiro ser invisível e não interagir, mas sei que é necessário. Algumas dúvidas são as mesmas, estou fazendo a coisa certa? É isso mesmo que eu quero pro meu futuro? Eu ainda não sei a resposta. Até mesmo porque só encontramos o que queremos quando sabemos o que procuramos, e eu de fato não sei.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A possibilidade de realizar um sonho me assusta, mas o fato de não conseguir realizá-lo me apavora.
Acho que é por isso que estou meio irritada, depois que passa o encantamento do primeiro contato com a realização de um sonho vem o pânico de que não é tão fácil assim. As duvidas de alguém que nunca saiu do estado, nunca viajou sozinha, medo de voar, se perder, ser assaltada, medo de nem ao menos consegui comprar o ingresso, medo de que o dinheiro não seja suficiente. Medo de não ter planejado tudo direito.
Nunca fui boa com planos e expectativas, pelo contrario, tudo que é planejado e esperado demais não da certo ou não supre as expectativas.

Por enquanto, eu só sei esperar.

FALTAM 112 DIAS

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Conselhos

Você colhe o que você planta, é conseqüência de suas escolhas.
Você precisa errar, se machucar, às vezes sangrar e até chorar; para aprender, crescer, conhecer.
Eu queria poder te dizer para não cometer os mesmos erros que eu cometi, mas se eu o dissesse, estaria te impedindo de viver sua própria vida. Afinal, é o que dizem, se conselhos fossem bons eram vendidos.
Só me resta ficar aqui te assistindo, tomando emprestada um pouco das tuas dores, como se fossem minhas [dores que um dia foram genuinamente minhas]. Eu vou chorar te vendo desse ou daquele jeito, mas não poderei fazer mais nada, além de um afago. Um carinho mentiroso!

Não me culpe se eu não te segredar que, indo por aquele caminho, você irá acabar como eu. Só você é dona de suas escolhas, só você sabe o que é melhor pra você, mas se não for sincera consigo mesma, então tudo será em vão.

Minha maior dor é saber que eu tive a minha oportunidade e não estava vestida apropriadamente para a ocasião. Estou eu aqui, agora, em seu quarto, te vendo escolher a roupa certa e me remoendo em silêncio a cada cabide que você retira do guarda-roupa.

- E este?

Por favor, não me pergunte. Eu posso apontar a roupa errada, sem querer (?).


"That what you fear the most could meet you halfway." ♪

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dia Internacional do Rock

Acho que foi Beatles, ou AC/DC, talvez a trilha sonora de algum filme de sessão da tarde, não me lembro quando foi meu primeiro contato com o Rock, mas tenho certeza que foi amor a primeira vista. E é com o olhar fresco de adulta assumida, mas nem tanto, que vago pelas memórias embaladas pelo bom e velho Rock’n roll.
Assumi que crescer por mais que seja difícil é inevitável, mas que não preciso matar os vícios da juventude.
All star e camisas de banda, cabelo bagunçado, bandana, maquiagem carregada, meia-calça. Aquela pessoa lá era eu? Era sim... Passeando pelas ruas, indo a ensaios de bandas que sempre tocam as mesmas musicas, indo a bares, shows grandes e pequenos. A ovelha negra que causou um alvoroço em casa.
Hoje faço o mesmo trajeto, indo e voltando do serviço, sempre com pressa e cansada. Antes sentávamos nos bancos, batíamos papo durante horas, passando por banalidades e chegando às questões existenciais. E depois, íamos até algum bar, logo ali, bebíamos sem pressa, quando tinha dinheiro, quando não tinha, fazíamos uma vaquinha para um “pinguerante”, tudo era menor e acolhedor.
Para cada momento teve uma musica, foi assim que passei a organizar minha memória. Uma música para cada pessoa, lugar ou ocasião.
RPM para o Projeto Rock in Rua, a lembrança de um domingo ensolarado e quente, uma blusa vermelha e suor escorrendo pelas costas dele.
Pitty para a quadra do Cefetes e a primeira vez se fui “bulemica” para caber em uma roupa.
Zeca Baleiro e Capital, para não me deixar ficar no fundo do posso.
Nirvana pra me sentir forte, grande, dona da situação.
Pearl Jam quando eu me senti sozinha e sem rumo.
Cazuza, pra chorar, amar, rir...
A paixão pelo rock foi crescendo, ainda guardo os CDs do Daniel com carinho, ainda gosto de ouvir, gosto de ver as bandas covers, mas antes me descabelava com a possibilidade de, um dia, em um futuro mega distante, assistir um show deles. E, naquela época, o futuro era bem lá no futuro mesmo. Hoje, aguardo (não menos ansiosa) pelo futuro alí, 114 dias.
Minha mãe me deu uma blusa dos Rolling Stones, que eu adoro. Ela também me deu uma do nirvana e a minha primeira camisa xadrez, que ela comprou na fera, que foi roubada e eu fiquei muito triste e fui consolada, ela me disse que a camisa era feia, ela nunca foi boa para consolar.

Então, quando contei a ela que iria ao show do Pearl Jam, ela ficou tão feliz quanto estou agora, mesmo sentindo suas preocupações de mãe. Porque hoje, finalmente, vou realizar um sonho que tinha deixado na gaveta, junto com lembranças que valem ser revisitadas. E me senti aquela menina passeando pelas ruas da cidade, aquela que eu fui, mas tinha esquecido ter sido.



"Alone, listless, breakfast table in an otherwise empty roomYoung girl, violins, center of her own attentionMother reads aloud, child tries to understand itTries to make her proud
The shades go down, it's in her headPainted room, can't deny there's something wrong..." ♪♫

terça-feira, 12 de julho de 2011

PJ20

Estou ainda meio boba, aquela cara de quem está apaixonada. Depois de uma semana tão difícil era tudo que eu queria. Uma única noticia, nos 45 do segundo tempo, ontem. Para mim é como um conto de fadas. Nunca achei que pudesse ser tão feliz. Nunca pensei que pudesse ter a melhor oportunidade do mundo. É como se eu estivesse vivendo um sonho.
Decidi que é chegada a hora de quebrar meu porquinho para colocar o dinheiro no banco, tornar tudo mais sério, oficial. Por que agora não é mais um sonho, já é realidade.
Claro que estou insegura e meio receosa, nunca saí do ES, na verdade nunca viajei pra lugar nenhum sozinha. Mas a alegria é tanta que até o medo fica gostoso.
É impossível não fazer planos, já penso na roupa que vou usar, se mantenho o cabelo curto ou se eu deixo crescer, o que eu vou levar... As pessoas que vou conhecer, então, nossa, é simplesmente a coisa mais incrível que já me aconteceu.

No mais eu vou contando os dias, a partir de hoje, faltam 115 dias

"Practiced all my sins, never gonna let me win, uh-huh" ♪

segunda-feira, 11 de julho de 2011

"Falando assim parece exagero

[...]Mas se depender de mim eu vou até o fim" ♪

Sou uma egoísta circunstancial, nem me lembro de quando me tornei assim. Mas ser egoísta é preciso. Por que olhando de fora, a gente sempre acha que não irá sobreviver a uma situação da qual temos muito medo. E é exatamente por isso que a gente tem medo. Mas quando acontece não resta outra opção senão sobreviver, o que, no fim das contas nem é tão ruim.
Quer dizer, no início é ruim, é difícil, é novo e gera muito medo. Eu me permito sentir dor, tristeza e até mesmo auto-piedade, mas apenas por 2 ou 3 dias, nada mais. Depois desse pequeno luto é hora de recomeçar, levantar a cabeça e seguir em frente. O mundo não pára só porque estamos com problemas. Claro que ficar no mundinho de “eumeodeioequeromorrer” a lá Kurt Cobain é bem mais fácil e seguro, mas seguir em frente é preciso.
Lembro-me como quem se lembra de um sonho confuso do momento em que a vida me confrontou com a situação que gera mais medo. A hora da perda é muito estranha. Parece que você está pisando sobre nada e que o céu também está interessado em cair na sua cabeça.
Houve também a tristeza de não encontrar seu nome na lista colada na parede, enquanto as pessoas a sua voltar riem, comemoram e pintam umas as caras das outras.
Palavras ferem, ouvir certas coisas da boca de pessoas que você tanto ama é difícil.
Acredito que já passei por muita coisa difícil, que cheguei ao fundo do posso. Achei que era o fim.
Foi então que eu consegui chegar ao espelho. Pra encarar o mundo nos olhos eu tinha antes que me encarar nos olhos. Assumir meus erros, parar de sentir pena de mim, deixar de dependência (seja de amigos ou família), trabalhar, estudar... Ser independente. Eu gritei, chorei, magoei pessoas que amava, encarei tudo de frente. Eu não sei ao certo, mas acho que foi daí que começou a nascer a força. Eu a sentia chegar devagar, quando eu tinha uns rompantes de vontade de sair, de escrever, de me arrumar e outras coisas que me são tão naturais, mas que, naqueles dias, não eram. Eu até achei que voltaria a ser algo parecido com o que eu era antes de tudo. Mas fui surpreendida, o resultado foi maravilhoso. Meu corpo, meus membros, meus órgãos, minhas células, meu consciente, meu inconsciente, minha memória, minha alma, meu coração, enfim, essa coisa toda que a gente chama de "eu" sofreu uma mutação, sabe como? Um dia eu acordei, decidi que a luta tinha chegado ao fim.
Que era o dia da minha independência. Iria deixar de ser criança birrenta, manhosa, que lutaria pela minha causa.
Comendo, sorrindo, escrevendo, saindo, conhecendo gente, organizando festa e viagem, fazendo mil e um planos. Trabalhando loucamente, como se meu trabalho fosse a coisa mais importante do mundo. E, de certa forma, é mesmo, porque meu trabalho sou eu. Minhas amigas sou eu. Meus amigos sou eu. Meus pais sou eu. Meus textos sou eu. Meus projetos sou eu. A força reduziu certos sentimentos a pó e me trouxe essa descoberta de que não havia sido deixada nenhuma lacuna na minha vida. Eu perdi alguma coisa? Perdi, talvez. Mas nem tudo o que se perde tem valor e é bem por aí mesmo. Alguém pode pensar que isso é conversa de mulher recalcada. Tudo bem. Fiquem à vontade com seus pensamentos. O que os outros pensam de mim não sou eu e vocês já devem ter notado pelo rumo do texto que o que não sou eu não me interessa mais. Nada daquilo me interessa mais.
É sempre assim, pra querer mudança tem que começar mudando. Pintar as unhas de cores que você nunca pensou em pintar, cortar o cabelo curtíssimo, escovar ou cachear, fazer uma tatuagem, regime ou comer tudo que tem vontade. Deixar aquela personalidade boba e subserviente, chega de mentir pra si mesma, assuma e corra riscos.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

"Não é que eu faça questão de ser feliz" ♪

Eu sabia que isso ia acabar acontecendo. Cedo ou tarde sempre acontece. Eu tinha perdido o encanto, isso mesmo, a graça de viver. Então fiz planos, tracei metas. Cortei o cabelo, comecei a juntar dinheiro, começo a faculdade no dia 25, estou fazendo curso de inglês...
Toda essa novidade está me fazendo muito bem, não sinto mais solidão e muito menos necessidade de ter outra pessoa para me sentir completa. Estou gostando mais de mim.
Ainda estou bem estressada por causa do trabalho, mas menos desesperada.
Vai ver que é isso que reflete na minha alma e quando eu percebo, sinto-me exatamente assim: bagunçada, como se estivesse fora do lugar. É um sentimento forte de não pertencimento, estranho. Aparece com muito mais freqüência nos domingos.
Pergunto-me se realmente estou fazendo a coisa certa.
Durante o resto da semana acho que vou me acostumando, mas aí os finais de semana chegam e eu me sinto tão acolhida, tão protegida, tão perfeitamente encaixada, que quando tenho que voltar à vida e à rotinha, me sinto um verdadeiro peixe fora d'água.
É como se absolutamente nada fizesse sentido. Sinto que as pessoas são cópias umas das outras.
Dá-me um pânico, Eu não quero ser assim, não quero perder minha sensibilidade, minha cor. E logo eu que pensava: no futuro vai ser diferente. Enganei-me imensamente.
E aí que fico nisso. Sigo a certeza clara, fria e direta: eu não pertenço à esse lugar.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Apareceu quando eu mais precisava, assim sem avisar, sozinho.
Foi delicado, pegou a minha mão e levou-me por um caminho que eu já conhecia, mas não sei em que dado momento, esqueci...
Colocou o velho e bom rock'n'roll como sempre, enquanto passeava pelo meu corpo.
Eu sei que ele me olhou nos olhos e quando pensei que fosse desviar, ficou.

Pela primeira vez sorríamos juntos. Pela primeira vez "estávamos" juntos.
Da mesma forma que chegou, saiu, pela mesma porta.
Restou somente a duvida da veracidade do sentimento.
Doeu, mas foi importante pra aprender que sorrisos não são promessas.
Hoje eu penso nele e sinto pena.


“If you got no money honey
We got your disease” ♪

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Primeiro de Julho

"Eu não minto, eu não sou assim" ♪


Eu já fiz muita coisa errada, fiz tanta besteira. Me orgulho de ter tentado, me orgulho do riso e até das lágrimas e da decepção.
Sorte? Eu nunca acreditei muito nisso. Destino? Talvez! É tudo questão do ponto de vista. Eu fico com causa e conseqüência.
Sinto-me como uma quase vencedora.
Sou do tipo que corre para pegar o ônibus, mas nunca chego a tempo. Estou sempre suada e ofegante. Lembro de ter perdido meu pai no ano do meu vestibular e de não desistir de fazer a prova, de não ver meu nome na lista de aprovados, de ter perdido a virgindade com um menino e vê-lo com a namorada dele poucos minutos depois.
Guardo lembranças que quase deixei cair, por desatenção. Perdi shows de artistas prediletos e não tive tempo para sentar num bar com pessoas que gostava tanto, tomar uma cerveja e comentar a vida. Perdi amigos e me senti a mais desgraçada de todos os seres humanos e tive que buscar em mim meu melhor amigo.
Já tive mais de cem contatos na agenda do celular e nenhum que eu pudesse chamar às 2 da manhã para me acalmar o choro. Já tive que recomeçar do zero por causa do erro de outras pessoas e nem sempre havia alguém dizendo que eu podia mais uma vez.
Esforcei-me ao Maximo, fiz valer à pena, dei o melhor de mim em cada relação. Nunca fui o suficiente.
Fui quando o que tinha que fazer era ficar. Já fiquei quando o que tinha que fazer era ir. Já respondi quando eu tinha que calar. E já calei quando eu tinha que fazer era gritar.
Não ouvi o despertador e me atrasei, tantos desencontros e eu sem entender o que eu fazia aqui.
Há coisas que são para nós, há coisas que são vaidades…
Eu sei que preciso seguir em frente, sentir saudades do passado é normal. Achar que fui feliz e que morri é exagero. As coisas precisam seguir sem que sejamos donos do futuro. Há perdas que nos fazem crescer, há outras que nos farão rir e outras que serão historias para nossos netos, e precisamos mesmo perder para que o universo se equilibre.
Há felicidade depois da tristeza. Há choro, mas também há riso. Há dias sem perspectivas, mas há dias de sonhos e sonhos e sonhos e mais, realização. Há dias de ¨bem-pouco-quase-nada¨.
É a vida que segue.

“Não há por que voltar
Não penso em te seguir
Não quero mais a tua insensatez” ♪

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Tão Down

“E me lembrar, sorrindo, que o banheiro
É a igreja de todos os bêbados” ♪


E toda vez que sentia vontade de chorar, corria para o banheiro. Banheiro é lugar sagrado, já passei uma boa parte da minha vida nesses lugares. Escolas, bares, serviço... Essas paredes de azulejos limpos ou sujos já presenciaram muitas lágrimas. Acho que isso acontece não só por isolamento, mas pelo desejo de ir pelo ralo.
Mas nem tudo foram lagrimas, banheiro também é lugar para fazer sexo, conversar, falar dos outros, retocar a maquiagem e flertar.
Banheiro me lembra amores, amigos e inimigos, banheiro é ilegal e imoral.

E eu, decidi que não vou lutar contra o que eu era e o que eu vou ser...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Deixe que o tempo cure ♪

E se eu tivesse feito tudo diferente, se eu tivesse dito não quando disse sim, e sim quando disse não.
Se eu tivesse feito outra escolha?!
Tem tanta coisa me incomodando, mas não consigo escrever sobre isso.
São as preocupações com o serviço, com a saúde, com a vida, com o mundo... Onde foi que eu deixei de ser feliz? Quando foi que eu me perdi?

terça-feira, 21 de junho de 2011

Em questão...

"Tem uma hora na vida de toda mulher em que ela precisa decidir se vai ser feliz ou se vai ser magra. Eu decidi ser magra. E nem paladar tenho mais."

NATALIE, personagem de Deborah Secco na novela Insensato Coração.


Eu não assisto novela, muito raramente. Mas essa citação da Natalie me chamou muito atenção na revista Veja. O que despertou em mim uma duvida, já chegou minha vez de decidir se quero ser feliz ou magra?
Já não me sinto atraente faz tempo, mas não é só isso, é também questão de saúde e pelo fato de que não acho mais roupas para comprar, se eu não mudar logo vou ter que me vestir com lençol.

Exageros e piadinhas a parte, o assunto é sério. O fato é que eu não me sinto nem feliz nem magra, por isso a duvida, se a escolha é entre ser feliz e ser magra, há algo de errado em minhas opções.

“Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais a casa de alegria
Os anos se passaram enquanto eu dormia
E quem eu queria bem me esquecia” ♪

quinta-feira, 16 de junho de 2011

De como o mundo muda...

Lembro-me que chorei, tanto que os músculos do meu rosto doíam. E que nem as lembranças coloridas que ficavam em volta nas paredes faziam com que eu me sentisse melhor e não parecesse tão pesado admitir algumas coisas.
Ninguém fez nada para me ajudar. Eu só fui até lá pra saber como é que eu voltava a sorrir tão espontaneamente, como era mesmo que eu me sentia quando me sentia feliz. Eu não sentia os músculos das bochechas se esforçarem para sorrir. Simplesmente porque talvez não fizesse sentido.

Mas... Ninguém apareceu.

E desde então, eu apenas tenho lembranças de como é me sentir tão bem.


"Às vezes eu pressinto e é como uma saudade De um tempo que ainda não passou" ♪

sábado, 11 de junho de 2011

Faculdade?!

Primeiro passo já foi dado... Rumo às coisas para serem feitas antes dos 30.


terça-feira, 7 de junho de 2011

Sem nomes, você sabe que é para você.

Eu sempre escrevo do passado, dos amigos e amores que foram deixados para trás, como se nada de importante tivesse sido construído no passado e me acompanhado dia após dia. O post de hoje é sobre uma amizade em especial, mais que especial... única. Das tantas linhas extensas que eu poderia dissertar, das tantas coisas que eu poderia desejar, de tudo que eu poderia dizer, seja em uma ligação, em um cartão, em um torpedo, em um recado no Orkut, de trilhares de presentes que eu poderia te dar, não existe nada que chegue perto de definir meu sentimento sobre você.
PARTE DO QUE SOU VEIO DE VOCÊ e de toda nossa história, que começou com bares e bebidas, e uma janela pros sonhos, e chega hoje a duas mulheres que já viveram de tudo, e mesmo aos trancos e barrancos, sobrevivemos juntas!
Obrigada, por tudo. E principalmente por nunca desistir de mim!


P.S. “All the love gone bad turned my world to black”







E vai ser eu e você até o fim.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Eu nunca soube, nem mesmo muito tempo depois. Muito depois que ele já não falava mais comigo, assim como também não atendia as ligações, não respondia os torpedos, não respondia os e-mails, nem os recados no Orkut. Sumiu.
Ele sempre voltava, eu pedia desculpas, ele pedia desculpas. Amava-me um pouco mais. Voltava a odiar. Sumia. Desculpava-se. Odiava-me um pouco mais.
Só que agora parece que não ama nem odeia.
E eu nem soube se era verdade o que me contaram. Eu nunca tive outra chance.
E eu só queria dizer que sinto saudades. Por um minuto era 2006 e tudo era igual.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Sobre pessoas que me rodeiam...

Algumas pessoas se acham tão bem sucedidas, sentem-se tão realizadas com suas vidinhas e suas realizações.
Mas isso não é sobre sucesso. Não existe sucesso. Não existe reconhecimento.
Estou na vida tanto como qualquer outro.
E sei que isso não é sucesso, tudo isso é pouco.

Qualquer dia desses sua burrice e sua covardia ainda vão te matar!

E quando você menos esperar, quando achar que preso em seu lençol, você estará seguro... Elas vão te matar.
Nada vai passar despercebido, o tempo vem e te leva embora.

Quando você estiver na sala de aula imaginando como seria fazer sexo com o seu professor, uma fina agulha adentrará a sua espinha. Ele estará te seguindo.

E quando achar que preso no banheiro estará seguro e terá sua privacidade reservada. Ele derrubará todas as paredes e te exibirá nu.
Sua perfeição está sendo vista cada segundo, nada passa despercebido.

E tudo o que houver em seus bolsos será distribuído por seus familiares. Aqueles mesmos pobres de espírito que você inveja só porque eles têm sucesso e reconhecimento por não fazerem simplesmente nada.

E todo esforço pra ser o melhor será inútil, sempre foi afinal. O reconhecimento que nunca teve, a felicidade que nunca gozou sempre em busca de valores.

E você morre!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Eu sei que não conseguiria fingir pra sempre, e já faz um tempinho que não faço mais questão de fingir. Às vezes me escapa um pouco de infelicidade, de impaciência e solidão. Mesmo perto. Não se sinta mal, a culpa não é sua. É algo que acontece por dentro, como se meu coração não pertencesse a mim, e o resto do meu corpo o rejeitasse lentamente. Tudo bem, talvez você tenha acelerado esse processo. Mas, ainda não descobri se isso é de fato ruim. Acho que posso viver perfeitamente sem o coração. Pode ser divertido sentir com o pulmão, não me faltaria ar no começo, e nem no fim. Pode ser divertido sentir com o estomago, e querer sempre mais. Por gula. Que acho que sempre foi meu pecado favorito. Já me acostumei com o ritmo constante, então, isso não seria nada. Talvez eu seja apenas mais um talvez, tentando ser certeza. Tentando ser para sempre, e parando sempre pela metade. Talvez eu seja a descoberta do século e uma inútil completa, e consiga viver sem coração. Para sempre.

terça-feira, 24 de maio de 2011

I Remember You

"Woke up to soothing sound of pouring rainWashed away a dream of youBut nothing else could ever take you away'Cause you'll always be my dream come trueOh my darling, I love you" ♪♫

Resolvi sair, mesmo com tanta indecisão, dei-me o luxo de uma noite na esbórnia sem culpa.
-Por onde esteve? Está tão sumida.

Eu não disse a verdade para ninguém, na verdade eu não sei bem qual é a verdade, mas dei as desculpas mais aceitas do mundo. Cansada, trabalhando muito, sem dinheiro... (E nenhuma delas é mentira).
Aceitei a tequila que há tempos atrás recusava por doer o estômago depois.
Os olhos ficavam cheios de lágrimas e eu não sabia muito bem porque.
-tome, bebe, você MERECE beber.
Eu estava certa disso, mas porque era tão difícil ficar embriagada? Porque todos estavam tão chatos?
Estava muito calor, mesmo com todos de blusa de frio, pra mim sempre está calor.

Acho que no fundo eu esperava mais, espera me sentir melhor.

Tanta gente, tantas pessoas novas, tantas pessoas velhas.


Demos aquele abraço de despedida. Eu só queria ir embora, fiquei tão feliz de ver o dia clarear.
Eu fiquei lá sentada por alguns minutos antes de ir. Eles foram. mas eu queria e precisava ficar.
Dei todas as voltas que precisava dar pra ter certeza.
Li algumas páginas do meu livro, mas dormi com a luz acesa mesmo antes de chegar no fim do capítulo.
E eu nem tive tempo pra pensar.


Eu sei. (sobre estar só.)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

E de agora em diante...

Sempre que penso em começo sinto-me velha, aprender é para os novos, sem preocupações e com muito tempo para dedicar-se. A proximidade dos trinta é um tema que começa a comparecer mais do que deveria no meu pensamento. Quando me perguntam minha idade logo respondo 23, mesmo sabendo que só faço 23 em outubro. Eu me sinto velha, e volto a dizer velha demais para começar a aprender alguma coisa. É como se o tempo tivesse passado e, seja pelo que for, eu fui ficando para trás. Uma forma de recuperar o tempo perdido foi inspirada numa comunidade do Orkut (Sim, sou ultrapassada e ainda uso Orkut, esse lance de Facebook não é pra mim), coisas para se fazer antes dos trinta. Na comunidade notei que já havia feito muitas das coisas e outras, nunca teria coragem de fazer. Resolvi fazer então minha própria lista de coisas para se fazer antes dos trinta e deixar guardada aqui, editar e postar esse mesmo texto (e lista) de tempos em tempo e ver o que consegui realizar e estabelecer novas metas...

1 – Fazer tratamento(s) até o fim e me curar (seja do que for) (1º passo: Ir ao médico e fazer um exame da cabeça aos pés).
2 – Me formar na Faculdade (1º passo: Já foi dado, dia 11 de junho é a prova)
3 - Fazer alguma coisa mais útil para a Humanidade (1º passo: tirar a bunda da cadeira e correr atrás).
4 - Cozinhar para alguém (1º passo: encontrar alguém que não encha a cara antes e vomite todo meu esforço depois).
5 - Publicar um livro (1º passo: Aprender a escrever).
6 – Fazer Regressão. ( 1º passo: Perder o medo e encontrar uma psicóloga para isso)
7 - Fazer Muay thai, Taekwondo, Jiu-jitsu. Ou qualquer uma dessas coisas ou todas essas coisas (1º passo: Parar de achar que o único esporte que posso fazer é o Sumô).
8 - Fazer um mochilão pela Europa (1º passo: tirar o passaporte e ganhar muito dinhero).
9 - Fazer um cruzeiro (1º passo: Terminar a faculdade antes).
10 - Fazer aula de uma língua estrangeira (1º passo: Ter força de vontade e conciliar com a faculdade).
11 – Conhecer a Biblioteca Nacional (1º passo: Ir ao Rio de Janeiro).
12 - Voltar para a terapia (1º passo: Colocar em pratica o número 1 da lista).
13 - Esquiar (1º passo: planejar uma viagem para uma estação de esqui ou torcer pra nevar no Brasil).
14 - Experimentar tudo do cardápio de algum restaurante chiquérrimo (1º passo: Ter muuuuuito dinheiro para pagar a conta).
15 - Assistir uma Ópera no Teatro Municipal SP (1º passo: Ir à São Paulo).
16 – Dançar (I've Had) The Time Of My Life (1º passo: nascer de novo).
17 - Viajar para outro Estado e ver um show da minha banda preferida, com minha amiga. (1º passo: torcer pra banda em questão não acabar antes).
18 - Organizar uma festa à fantasia, que seja obrigatório o uso de fantasia (1º passo: só me falta um motivo e um lugar, e só pra variar grana para isso).
19 - Ver o sol se por no Arpoador (1º passo: organizar um fim de semana no Rio).
20 - Ver o sol nascer na Praça do Papa em BH (1º passo: virar uma noite acordada).
21 - Encher um porquinho de moedas (1º passo: parar de me assaltar).
22 - Ler todos os livros de qualquer biblioteca publica pequena (1º passo: Fazer um cadastro, nem que seja na biblioteca do transcol).
23 – Comprar uma câmera profissional (1º passo: Ter condições de dar 8.000,00 reais em uma).
24 – Morar sozinha (1º passo: Ter coragem de largar minha mãe).
25 – Revelar pelo menos 1.000 fotos (1º passo: ter 500,00 reais para gastar em fotos).
26 - Ir na minha formatura de tênis (1º passo: terminar a faculdade).
27 - Fazer um curso de automaquiagem (1º passo: Cuidar da pele antes).
28 – Dar continuidade a lista (1º passo: já foi dado, eu fiz uma)

Faltam 2.779. Valendo!

domingo, 22 de maio de 2011

Amanhã é 23

"Esse seu ar de tristeza
Alimenta a minha dor..." ♪♫


Nunca tive um bom relacionamento com a minha mãe. Sempre respeitei e amei afinal ela é minha mãe. Mas desde que minha irmã saiu de casa as coisas pioraram.
Sempre que ouço essa música do Kid Abelha me lembro dela, ultimamente é como se eu morasse com uma estranha.
Eu sempre fui a segunda, sou a caçula, não fui esperada e nasci cheia de problemas, cresci ouvindo sobre o trabalho, gasto e preocupação que dei. Mas pelo que me lembre, também sofri.
E acho que foi justamente por sempre ser a segunda que hoje sou egocêntrica, quero tudo ao mesmo tempo. Estou sempre tentando juntar olhares, manter-me sutil para não perder a discrição mesmo sendo tão explosiva.

Hoje conto os dias, esperando pelo fim, quando irei sem me despedir.

sábado, 21 de maio de 2011

Desistência

Não me sinto covarde por pensar em desistir, acho que todo mundo tem dias que quer jogar tudo para o alto e sair correndo para lugar algum, pra lugar nenhum. Ontem à noite fui invadida por uma enorme vontade de desistir. Sim, desistir de tudo, não só do serviço, da família, dos poucos amigos, dos sonhos, desistir da vida. Por mais de uma vez durante o dia, enquanto eu resolvia coisas da rotina no escritório (ligações, rescisões, folha de pagamento, etc.), tive vontade de ir embora. Deixar tudo pelo meio, pessoas falando sozinhas no telefone, e ir embora. Voltar para a minha casa, para o meu quarto, ouvir pela ultima vez minha musica preferida, olhar pela ultima vez minhas paredes, meu passado, escrever uma carta dizendo que não há culpados, que amo muita gente, mas que para mim o tempo já se esgotou, e ir. Desejei que o mundo estivesse longe, bem longe, muito longe de mim. Fiquei imaginando como seria. Escuro? Vazio? Sublime? Doloroso?
Mas não respeitar minhas vontades tem sido uma forma de violência que já saiu da autopunição e está à beira da tortura. Chega ser inexplicável, cumpro todas as minhas obrigações do início ao fim, como sempre, como todos querem, tentando esquecer que eu sou também uma pessoa, tenho medo, tenho cansaço e tenho escolha. E não respeitar justo a maior de todas as escolhas, a minha escolha é não estar aqui, nessa vida, nesse mundo. E mesmo assim eu continuo fazendo o meu dever apesar de querer desistir de tudo.
Às vezes eu fico dormente, me concentro nas batidas do meu coração, deixo minha mente vazia. Deixo meus pensamentos vagando em mil direções, nesse momento eu mal consigo ouvir o que me dizem. E com muito esforço eu volto.
Para quê? Por quê? A resposta é simples.
Muita gente confunde desistência com covardia. Eu me sinto covarde às vezes, mas não quando sinto vontade de desistir.
Desistir é um verbo transitivo indireto, originário do Latim Desitère e significa renunciar a, não querer continuar, não insistir, abster-se, abrir mão, abdicar. Covardia é um substantivo feminino, originário do Latim Coda (cauda), derivado do Frances a palavra Couard, que significa cauda abaixada. Portanto covarde se refere ao medo, ao vício da prudência. Sendo assim, existe uma diferença entre os dois termos. Desistir pode ser um ato de coragem até, afinal, nem sempre é fácil abdicar ou renunciar a alguma coisa. A covardia está relacionada à omissão, à omissão da ação. Desistência não é a omissão da ação. Apenas. A gente acaba se deixando contaminar pelo olhar alheio, e pelo medo do julgamento deste, acaba por fazer o que vai de encontro com a própria natureza. No caso, a minha covardia residiu em não desistir, não o contrário. E é horrível chegar em casa à noite, sabendo que se foi covarde consigo próprio. É deprimente.
Da próxima vez em que isso acontecer, porque vai ocorrer, isso é fato, assim como é fato eu ser uma pessoa, desistirei de tudo.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Mesmo sentindo tanta necessidade de escrever, tenho vindo aqui mais para olhar, estou aqui, sempre. Tem dias em que venho só para ver quantas visitas. Talvez na doce ilusão de que todos os que me visitam diariamente vão deixar umas palavrinhas aqui registradas.
Tem dias em que venho à procura de vídeos ou textos antigos. Vivo de saudades.


Está cada vez mais difícil um tempo para organizar esse turbilhão de desabafos, sonhos, imaginação e sentimentos em palavras.
Sei o que tenho de fazer. Mas está cada vez mais difícil.

"A minha estrada corre pro seu mar..."

Sabia que estava cometendo um erro diferente, mas que não deixava de ser um erro. Tomei um café e fumei um cigarro, estava ansiosa, queria que o relógio acelerasse.
Pode entrar, gritei do segundo andar, deixei a porta da cozinha aberta, pode pegar o vinho que pus de manhã na geladeira e já deve estar frio. Estou no banheiro, você deve passar por mim e me cumprimentar, ou já vá pro quarto, tire a roupa e encha as taças, pode fumar, tem cigarros na cômoda, são seus preferidos. Ainda me lembro quando me pediu em casamento e me olhava nos olhos com teus gestos lentos, disse que podíamos ficar juntos se eu quisesse. Tua boca curvava meio trêmula, fazia uns desenhos sutis, meio estranhos. Você abusava do poder que tinha sobre mim, de poder manipular minhas ações pelos meus sentimentos, isso era tão fácil. Desleal. Você vinha e me fazia de boneca. E eu ainda te via em todos os lugares, e quando não via, era porque se escondia. Você sempre quis se mostrar involuntariamente, expelir seu drama natural, seu teatro de vida. Sempre te via nas esquinas, percebia a luz do teu olho quando olhava para outros. E olhava teu olho, beijava teu beijo, dizia que tudo o que escrevia não eram pra você - mas era-, e sentia tudo que me sentia sem necessariamente querer; como numa espécie de força motivacional: imoral, ilegal, vulgar.




"Agora vem, prá perto vem
Vem depressa, vem sem fim
Dentro de mim
Que eu quero sentir
O teu corpo pesando
Sobre o meu
Vem meu amor, vem prá mim
Me abraça devagar
Me beija e me faz esquecer..." ♪

quinta-feira, 12 de maio de 2011

SABADO MAIO,07-2011

Acordei com vontade de pintar as paredes, de jogar tudo fora, de colocar uma pedra no passado.
Porque durante muito senti vontade de me desapegar... Durante muito tempo os guardei como se fossem verdadeiras relíquias, e adorava cada uma daquelas palavras, cada canção, cada lembrança.
Não imaginei que seria tão difícil. Relembrar o Renascentismo em um trabalho do 3º A em que tirei 07,00, minhas notas nunca foram altas mesmo.
Achei meu diário de 2009 no fundo de uma gaveta, nem sabia que havia perdido ele, fui direto para a página do dia 21 de março, ler em minhas próprias palavras todo o arrependimento da alegria e liberdade que resultou em um trauma. “Já vi o dia clarear de muitos lugares a na minha vida, mas nunca imaginei que veria de um DPJ. (...) sempre achei que ligaria de uma delegacia por ter sido presa e não por ter sido roubada”.
Eu preciso deixar essa (e todas as outras) historias bonitas, tristes e tudo mais para trás.
Tenho de seguir em frente. O passado é pesado demais para ser carregado pro resto da vida.
Lembrei-me de uma pessoa que admiro muito, pelo talento e pela determinação, e que me deu apoio para sempre escrever. No blog dele (MIOPIAVIRTUAL) está escrito “Não adianta ver longe se está olhando para trás” e foi isso que eu decidi, a partir de hoje, não vou mais olhar para trás.
E não mais que de repente, como tudo na minha vida... Decidi. Juntar todas as minhas forças e jogar tudo fora.
Parei de ficar lendo que é pra não chorar, que é pra não refazer... Sem despedida, sem cópia...
Não faço idéia do que eu deixei pra trás... Mas decidi... Tinha de ficar pra trás.
Tive que dividir essa decisão com a Fran, ela me apoiou e disse que era muito difícil e que eu deveria jogar fora aos poucos, mas a minha necessidade era urgente e eu precisava jogar tudo fora, TUDO.


“Ao som de CAZUZA, O Tempo Não Para” ♪

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Estar disposta a errar de novo me assusta, jogar um jogo que eu só ganho se eu perder. Eu sei as regras, conheço tudo o suficiente para saber que nada em você é de verdade. Sei perfeitamente que a cada palavra que diz, joga um dado.
E sei que como em qualquer aposta sem sentido, quer chegar sempre na frente.
Parabéns, você venceu. Pode levar seu premio e me deixar para trás. Dói agora, mas tenho certeza que depois de uma noite de sono – e choro – estarei melhor. Cicatrizando. Te assistindo de longe, e lembrando de como você mudou. Na verdade, bem no fundo sei que você continua igual, só que não comigo, com ela, com outros, com todos que se deixem levar.
Enquanto eu finjo que não ligo, e digo as brincadeiras mais sérias do mundo, eu tento chegar mais perto, mas tenho sempre a sensação que nunca é o suficiente. Enganar alguém que já sabe o final da história talvez não tenha mais tanta graça para você.
Nesse exato momento, quero colocar um outdoor bem em frente a sua casa, dizendo: Aqui mora um idiota. Mas, acredito que todos tenham um papel importante aqui na terra, e o seu é justamente esse, iludir e enganar .
Quer saber? Desejo que você seja feliz, só que para o meu bem, longe de mim.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Deixou de ser dito...

...e ficou no esquecimento!


Tenho escrito bem pouco no ultimo mês. Não que eu não tenha muitas coisas para dizer, pelo contrario, parece que vou explodir a qualquer momento, mas não sai. Essa confusão aqui dentro está me matando. Aconteceu tanta coisa, ele voltou e não veio só. Trouxe minha mais nova musica preferida, as incertezas e o medo.
Mesmo sabendo que o passado ficou para trás e um novo ciclo começa, tudo é bem difícil. Não quero privar-me das lagrimas de felicidade e dor, só não mais consigo me entregar.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

E fiquei tanto tempo esperando pelo mínimo de atenção, mas nada aconteceu. E ninguém nunca olhou (assim) pra mim.
Se eu tivesse mais tempo...
Agora meu coração está coberto de gelo, não sei ainda de que gelo se trata.
Acho que preciso de um girassol.
É a canção triste da saudade que embala os minutos antes do sono, fecho os olhos e é na linha tênue entre a consciência e a inconsciência que consigo ouvir sua respiração baixinha bem perto.
Escrevendo sinto-me estúpida.

“Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criança
Pra chorar o meu perdão, qual o quê!
Diz pra eu não ficar sentida, diz que vai mudar de vida
Pra agradar meu coração”

Mas não veio.
Talvez seja melhor que não volte nunca mais.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Prendo-me ao meu antigamente, é que antigamente tudo era muito mais fácil, mais bonito e mais doce. É que antigamente é uma ilusão, a memória filtra toda dor e tristeza, sobrando apenas as partes boas. Na cabeça de cada pessoa, o antigamente é um lugar diferente no tempo. O meu antigamente é a liberdade dos pés no chão, das mãos na lama, das gargalhadas, o banho de chuva. Cada um escolhe o que quer chamar de antigamente, seja uma fase ou simplesmente dez anos atrás, só que acontece de sempre escolhermos as partes boas, como quem diz para o presente: "é assim que você deveria ser".

O meu antigamente tem gosto de Push Pop. Antigamente não existia para mim nada mais saboroso que aquele pirulito. Pois é, no meu antigamente ganhar um Push Pop era a coisa mais incrível do mundo. Eu ficava esperando meu pai chegar para pedir dinheiro para ele e ia correndo comprar na vendinha perto de casa.

O cheiro do meu antigamente era um misto de perfume com café-com-leite, que alguém molhava o pão e me dava na minha infância, eu era nova demais para conseguir lembrar quem era a moça sentada na varanda comigo que pacientemente me alimentava enquanto eu brincava. Era também o álcool que vinha impregnado nas folhas mimeografadas que as professoras distribuíam nas salas de aula. As lembranças do colégio fazem uma pequena parte do meu antigamente, não tive muitos momentos bons na escola
No meu antigamente comprar era muito fácil. Com um real dava para comprar tanta coisa. Eu tentava juntar dinheiro para comprar um salgado no colégio, nem me lembro o valor, mas como minha mãe sempre mandava lanche, as moedinhas eram poucas. Mas nunca fui boa em juntar dinheiro, gostava mesmo de gastar minhas moedinhas com balas Icekiss e ainda fazia “galinha gorda” com as que sobrava. Outro luxo de antigamente era a “galinha gorda”. Nunca mais vi ninguém jogando coisas de “galinha gorda”. E se não desse para comprar, ainda era possível trocar. Minha mãe nunca gostou, mas eu adorava trocar. Trocava-se adesivos por figurinhas, trocava-se garrafas vazias por picolés, trocava-se até as frutas dos pés de arvore do quintal.

No meu antigamente ficar acordada até tarde era ir dormir às 21h, esperava a minha musica preferida tocar na rádio, chegava correndo da escola para ver Malhação, chorava por causa de uma nota baixa, jogava bola.
No meu antigamente sofrer por amor significava não ser notada pelo menino do ultimo ano, que tinha pelo menos quatro anos a mais. Ter muito trabalho para fazer significava passar a tarde pesquisando em livros enormes. Ter problemas financeiros significava não conseguir juntar dinheiro pra comprar os pôsteres do Hanson. Antigamente tudo era mais fácil, bom o bastante para deixar saudades.
E fico tranqüila por saber que hoje vai ser antigamente de um tempo futuro e só depende de mim para que as lembranças sejam tão boas como as que tenho hoje.



"Refazendo sonhos que já tive
Eu, você e o mundo em movimento
São os erros do desejo
Você está em tudo que eu vejo..."

quarta-feira, 6 de abril de 2011





Tem alguma regra que me faça ser assim, tão preocupada e envolvida. Não posso ter tantas responsabilidades, ainda tenho brilho nos olhos, ainda sou jovem, não é justo que tenha que ter tantas obrigações.
Quero correr na chuva, andar descalça, beber até ficar tonta, cantar, rir... Ainda tenho tanto lugar para conhecer, tantas pessoas para me apaixonar. O primeiro passo tem que ser tomado, tenho que permitir-me.
E hoje eu posso.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Só existe uma brecha, não precisa ter obrigações nem títulos. Egoísmo talvez. Mas não vamos nos prender aos rótulos, não precisa de nomes.
É a simples alegria do ser, e eu sou.
Não sei por quanto tempo. Porque, olhando de fora, especialmente, se for um dia que amanheceu nublado e já está aberto, com o sol quente as dez da manhã, olhando assim pela janela, tudo o que vemos é a rotina e o cansaço, o fazer e fazer novamente, esmagando todos os sonhos.
E todos os julgamentos não apagarão o brilho irradiado dela, seja de madrepérola ou vulgar lascas de mármore. E Vinicius de Moraes que me perdoe, mas beleza só é fundamental aos olhos de quem não vê com o coração.

quinta-feira, 31 de março de 2011

"Sometimes all of our thoughts are misgiven"

Eu tenho uma visão diferente de tudo, quando me envolvo seja no que for eu surto, sempre fui dessas que dá o melhor, se entrega e se envolve. Sempre tento agradar, fazendo tudo certinho, perfeito. Sempre tento deixar todos a minha volta feliz, mesmo que custe minha própria felicidade.
Nunca me contentei com o médio. Sempre quis o meu melhor. Sempre tive medo de errar.
Mas quer saber de uma coisa ? Isso cansa. Cansa tentar ser "perfeita" e não ter reconhecimento. Não tem problemas errar em certas coisas. Ninguém e perfeito e nunca vai ser. Por isso é tão desgastante ficar tentando fazer tudo certinho. Não importa o quanto se empenha nunca vai ser o bastante.
Cansei! Agora não me importo mais.
E é assim que deixo mais um mês para trás, estou pouco me fodendo pro que vier.

segunda-feira, 28 de março de 2011

"Memories back when she was bold and strong"

Estou ouvindo “Black” e me sinto como há dez anos, tudo começava ao som de “Black” e só Deus sabe onde ia parar. A Paixão por PEARL JAM é a mesma, mas agora tudo é tão diferente.
Sinto falta da saia rodada, do all star de cano longo, dos pulos de alegria e das lágrimas sem motivo. A vergonha do meu nome no primeiro dia de aula, das apresentações de trabalho e o medo das provas de matemática e física. As colas descaradas, o riso incontrolável. Onde todo dia era o céu e o inferno...
Os livros roubados da biblioteca, as aulas assassinadas por mais 5 minutos contemplando seus olhos castanhos, seu corpo magro e seu sorriso amarelo.
A primeira vez que falei com ele foi constrangedora, mas não me senti rejeitada. Ele foi simpático e eu fiquei com um sorriso bobo o resto do dia. Adorava ver ele fumando, parecia tão mais velho, mesmo sem saber a idade dele. Era o único menino do segundo ano que já tinha tatuagens, pelo menos que eu conhecia.
Eu nunca fiquei com ele, nem mesmo tive longas conversar, mas ele me ajudou muito mesmo sem saber.
E não foi o único, encontrei muitas pessoas desde 2003, grandes amigos e amigas, grandes professores, grande pessoas que nem me conheciam, mas que foram fundamentais.
Aprendi muito sobre tudo.
E sou grata por tudo.


“Talkin' to herself, there's no one else who needs to know; she tells herself…
Oh...
Memories back when she was bold and strong
And waiting for the world to come along...
Swears she knew it, now she swears he's gone
She lies and says she's in love with him, can't find a better man...
She dreams in color, she dreams in red, can't find a better man...
She lies and says she still loves him, can't find a better man...
She dreams in color, she dreams in red, can't find a better man...
Can't find a better man”



sexta-feira, 25 de março de 2011

Eu não quero voltar sozinho

tem coisas que é impossivel ficar indiferente.



Eu não quero voltar sozinha, não quero ir sozinha, dormir sozinha, passar o resto da minha vida sozinha... Não me refiro a casamento, longe de mim, casar, constituir família, lar saudável, filhos e tals.
Falo de uma presença especial, alguém que eu ame e que eu possa contar, alguém que me deixe anestesiada, que de colo e carinho.
Na verdade acho que nunca vou achar, pois não sei o que procuro.
Gostaria de voltar atrás e fazer um novo começo.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Drown my fear

Adaptei meu modo de viver conforme minha oscilação de humor. Há dias, quase todos, que tenho certeza que estou no lugar errado (emprego errado, família errada, país errado, vida errada), e que a única certeza é que meu lugar sou eu mesma e, no máximo, meus livros.
Mas tristes mesmo são os dias em que sou dominada pelo conformismo, que esse é o meu lugar e eu sou o que tenho de ser, e serei isso para sempre.
Nestes dias a necessidade de conforto é maior porque, toda a largura do meu corpo transforma-se em vazio, sinto-me só.
Sinto falta do meu “veneno antimonotonia”, sinto falta de tanta coisa, sinto tanta falta. É como se eu tivesse uma vida e perdido tudo, e sou o que restou do que eu costumava ser.
Hoje o dia está nublado e eu não me sinto bem.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Gentileza

Eu gosto de cinza, não vejo problemas
Teimo em dizer que cinza também é cor, e não a falta dela
É que certas coisas não são como as vejo
São como eu preciso as ver, coisas da minha cabeça
Meu cinza tem estrelas brilhantes
Tudo é questão de crer
que há o olhar de Deus sobre todas as coisas, até as mais tristes
e que muitas vezes, isso faz toda a diferença...


"Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca..." ♪

quarta-feira, 16 de março de 2011

Pequeno Grande Coração...



Ela come areia, formiga, terrinha e tudo mais que encontrar pelo chão. Ela rasga o jornal do vovô, tira todos os DVDs do lugar e sonha em desligar o botão do estabilizador, fica na ponta dos pés.

Ela ainda vai quebrar todos os eletrônicos, vai arrancar os botões do controle da TV, por enquanto ela besunta-se de cocô.

Ela finge que vai te beijar e morde tua bochecha. Morde teu nariz e quase arranca a pele da tua mão com seus pequeninos dentes. Sem falar nas orelhas, mas todas as mordidas são compensadas pelo sorriso mais gostoso do mundo, e a gargalhada então, impossível brigar com uma coisinha tão fofa.

Ela anda na ponta dos pés, corre até cair. Ela grita, chora, ri e esperneia em altíssimos decibéis.

Ela enfia o dedo na tomada, pega formiga (das grandes) com a mão e chuta o que não consegue alcançar com as mãos.

Ela bate no primo, no pai e estapeia a mãe. “Não pode!”, incansavelmente repetido o dia todo. Ela ri seu riso malandro, tenho certeza que ela entende tudo.

Ela fala um idioma próprio, puxa os próprios cabelos e bate na cabeça.

Ela pula na piscina, no mar, no balde ou na privada. Onde houver água, ela se joga, tem que vigiar o dia todo.

Ela fecha o próprio dedo no armário, depois na gaveta, e depois na porta. Ela beija o espelho.

Ela come casca de cebola, cospe comida e engole pomadas de assadura – muita, muita pomada.

Ela passa feijão no cabelo, arroz no cabelo, purê de batata no cabelo, e deixa a sopa pro meu tênis branco novo.

Ela causa o caos, o barulho e eu diria até o terror.

E é doce, amável e afetuosa, tem o abraço mais gostoso do mundo.

É dengo, charminho e carinho, e o beicinho mais lindo do mundo.

Meu pequeno monstrinho que tem medo de escuro, meu grande tesouro, meu maior amor.
Para ela o primeiro ano de sua vida, para gente o ano mais feliz.
Parabéns Isabely

segunda-feira, 14 de março de 2011

Minha temporada das flores

Depois de tentar trapacear comigo mesma, de procurar Deus no lugar errado, volto pra casa frustrada e até meio chateada, pensando em cometer os mesmos erros, mas ela sempre muda meu destino, meu humor, meu astral.
Eu precisava e diria até que merecia uma semana tão tensa, um mês problemático, uma vida conturbada... Mas o que são esses problemas diante da grandeza de um beijo na chuva totalmente embriagada.
Chego à conclusão que nem sempre estar rodeada de mil pessoas significa não estar só, solidão é um estado de espírito.
Lógico que quando me isolo o problema passa a ser meu, e não de com quem estou ou deixo de estar.
Sempre espero mais das pessoas pelo fato de eu sempre dar o melhor o meu melhor.
Espero que o mundo me compreenda, até quando nem mesmo eu consiga.
Acho que a felicidade não é uma coisa eterna, algo que você tem de sentir em todos os momentos, minutos e segundos. É algo momentâneo. É um sorriso, um abraço, um cafuné, uma conversa... Isso faz com que a felicidade seja tão especial.
Sou uma pessoa feliz, com tudo que tenho e com o que deixo de ter. Tenho meus momentos de infelicidade, mas aprendi a contornar.

Hoje eu tive um sonho bom, não totalmente bom, meio apreensivo, mas valeu a pena no final...
E assim eu sigo meus dias.

"[...]Me encontram vestindo meu melhor sorriso,
Eu passei um tempo andando no escuro,
Procurando não achar as respostas,
Eu era a causa e a saída de tudo,
E eu cavei como um túnel meu caminho de volta..."

sexta-feira, 11 de março de 2011

Santíssima trindade: SEXO, DROGAS E ROCK'N ROLL

Feliz, se é que posso usar essa palavra. Mais louca que nunca, isso eu garanto.
Tive uma semana no mínimo péssima, ou mais, março tem sido castigante. Nada é extremo ruim, com tudo isso, tenho sido mais impulsiva e estou ouvindo mais meu coração.
Inconteste. O coração bate dentro do peito e se alastra para o corpo todo, eu sou em todo coração, tanto que vem mais uma surpresa por aí. As vezes, a vontade é de ir embora de vez, desse mundo, dessa realidade tão bruta. Tudo ao redor parece morto, sei que é só abrir os braços, o mundo é meu, o destino não.
Incoformo-me. Tudo é tão pouco, eu só quero ir além do tudo, e mais ainda, de mim. Sem regras, obrigações.
Não tem jeito, não há mais espera. A hora é essa, a chance é essa.
O mundo borrado, o mundo desequilibrado treme,e não é de frio.
Eu não pertenço a mim, meu corpo esta passando, não posso perder tempo.
O fim é a única certeza.

Eu estou bem, vou ficar bem, vai ficar tudo bem.


"Tô fora voodoo, ranso, baixo astral
Eu não vou perder meu tempo brincando de ser mal
Não vou viver pra sempre nem morrer a toda hora
Como rasgos pré-fabricados num novo velho blue jeans." ♪♫

quinta-feira, 3 de março de 2011

MAD WORLD

Os últimos dias têm sido catastróficos, acredito que é mais uma daquelas fases onde é preciso ter muita paciência. A vida se faz em ciclos, não é? Tudo bem que meus ciclos sempre foram problemáticos. Muitas leituras interessantes. Fiquei envolvida, mas agora me é inútil. Trago já dentro de mim tudo o que preciso saber, tenho todas as ferramentas aqui dentro de mim... Simples assim! Do mundo, o que precisamos é seguir um caminho reto, externando as emoções inspiradas por essa luz que trazemos. Ao seu lado, é preciso silenciar meu coração.

Março chegará ao fim antes do que posso imaginar, mais uma vez reafirmo esse convite vivo, é necessário, agora mais que nunca, em silêncio buscar todos os dias este encontro com a essência divina que vive em nós. Isso é, se minha essência divina já não cometeu suicídio.

“And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you
'Cos I find it hard to take
When people run in circles
It's a very, very...
Mad World
Mad World”

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ao amor, com ódio e tristeza...

Falta-me o ar,

Escrevo esta carta para fazer-me refletir.
Mentira. Na verdade eu estou escrevendo só para dizer em alto e bom tom que eu não gosto de você, isso mesmo, eu não gosto. Isso só aconteceu por que comecei a gostar de outra pessoa, isso, estou apaixonada por mim. E nessa relação não tem espaço para outra pessoa.
Então, agora que deixei claro os motivos de eu escrever essa carta que você não vai receber, pare e pense em como você poderia ser mais legal comigo. Não insistindo, me seduzindo ou me usando.
A sua presença me irrita, me deprime. Deixa-me feia e me faz sentir ainda mais gorda.
Acho que, talvez, agora, nessa época do ano, seria uma boa você ir de intercambio ou mudar-se de vez para a Alemanha, não era esse o plano?

Agora que não gosto mais de você eu não me importo mais, não vou ficar te esperando, nem chorando de saudades.
Esse relacionamento novo faz-me muito bem, estou bem feliz.
E não adianta vir com esse papo de pessoa depressiva pra cima de mim, não. Porque depressão pra mim e ter você aqui, dia e noite, me irritando e querendo confundir-me.

Já disse tudo que tinha pra dizer-lhe, agora já pode começar a analisar meus erros de concordância, sei que você adora procurar meus erros, me diminuir para se sentir maior.

Isso é um Adeus.

Atc, Anna


“Esse foi um beijo de despedida
Que se dá uma vez só na vida
Que explica, tudo sem brigas
E clareia o mais escuro dos dias
Tudo bem se não deu certo
Eu achei que nós chegamos tão perto
Mas agora com certeza eu enxergo
Que no fim eu amei por nós dois
Mas você lembra!
Você vai lembrar de mim
Que o nosso amor valeu a pena
Lembra é o nosso final feliz
Você vai lembrar...
Vai lembrar...sim...
Você vai lembrar de mim.”
♪♫♪♫




quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

"Vem,
Você bem sabe que aqui é o seu lugar
E, sem você, consigo apenas compreender
Que sua ausência faz a noite se alongar
Vem,
Há tanta coisa que eu preciso lhe dizer
Quando o desejo que me queima se acalmar
Preciso de você para viver" ♪



Saudades, eu gostaria de estar lá de braços abertos e que eu fosse a primeira pessoa que seu olhar brincalhão e sonolento encontrasse. Mas não é possivel. Olho em frente e vejo o nada, só as paredes solitárias do meu quarto. Um muro imenso feito de tempo. Tempo gravitacional, concreto, vulcânico. Tempo eterno. Tempo multilador. É assim desde que o Mundo é Mundo. Vimos do nada, voltamos ao nada, e é no brevíssimo espaço entre o negro e coisa nenhuma que vivemos, intensamente, a ilusão de felicidade. Felicidade? Pura ilusão. Não existe, não existiu nunca, ontem, hoje e amanhã, não existe nada. Não somos, nunca fomos, muito menos seremos, não existe o nós. Imaginamos tudo para finjir que algum dia houve felicidade. Sonhamos para sustentar a ilusão. Olho em frente e vejo o nada, daria minha vida para ver seus olhos. Só a morte é a saída.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

É, a Ana insiste

"Talvez ele voltasse com saudades, com vontade de vê-la, talvez não fosse assim. Talvez ela viajasse ou talvez ela fugisse. Talvez se trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ela ficasse curada, ao mesmo tempo ou não. Talvez ele partisse pra sempre sem nem ao menos lhe dizer adeus. Talvez ela perdesse peso, a faculdade pode mudar muito uma pessoa, talvez ela conheça alguém melhor. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris, ela ama Paris (...) talvez ela se matasse antes de pensar nas outras possibilidades. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada. Um pé após o outro pode levar para muito longe."

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O PIANO VOADOR

Acordou com a irritação normal de segunda-feira. Irritação também por não conseguir se lembrar da música. Deixou o dia correr normal, sem nada para aborrecer e aumentar ainda mais a dor de cabeça latejante.
Confessou-se, como sempre faz nas segundas em que o final de semana ainda encontra-se entalado dentro do peito.
Foi surreal. É que nem passa pela ideia dos outros. Tão certa e tão errada. Apenas três letras e um acento, não, quando foi que ela aprendeu a dizer não?
Nem pensar. Ela não quer. Sente-se bem assim?
Quer estar no seu melhor quando chegar o momento de encarar, face a face. É por isso que hoje ela fecha os olhos e cantarola Dream on (Aerosmith). Respirar fundo nunca foi tão gostoso, o prazer da liberdade.
Ainda estaria sonhando?
Quando se mente é difícil acertar.
Segue-a com os olhos, ainda pode sentir o peso.
Ainda não sabe bem por que razão, mas gosta tanto que chega a sentir-se invensivel.
Bem, cheguei aqui através do sentimento racionalizado mais anárquico que pude encontrar, sabe qual é?


"And dream until your dream comes true" ♪

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ela não dispensava a cerveja de sexta-feira, saía correndo do serviço, se arrumava sem pressa e ia ser feliz. Ela era movida a café, cachaça e cigarro.

Ela amava sair com as mesmas pessoas e ir aos mesmos lugares, era sempre tudo novo e tão divertido. Ela só ia ao cinema para ver algo Cult, melodrama não fazia parte da sua vida.

Ela nunca sonhou com matrimonio nem em ter cinco filhos.
Ela esquecia datas e aniversários. Estava sempre perdida demais para recordar seja lá o que fosse.

Ela brigava, tanto quanto um homem ou uma mulher podem brigar, com direito a palavrões, socos, unhadas. Todos diziam que seu maior defeito era justo o que ela achava ser sua melhor qualidade, era EXAGERADA. E ela dizia que seu maior defeito era amar. Ela dizia que o amava com todos seus defeitos, da forma que fosse, não se importava em amar do jeito dele.

Ninguém acreditava nela. Nem ela mesma, se isso servisse de consolo. Aposto que se você também tivesse conhecido ela naquela época não iria acreditar que isso foi o que sobrou dela.

Ela sempre teve vocação pra bomba relógio. À noite, debaixo das cobertas, ela dizia que não entendia os motivos de tudo ser assim. Pela manhã, ela disse que não ia mudar, foi vencida.
Não acredito que exista outra prioridade que não seja ser feliz.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Mais que meninos e meninas

Acho que nasci no lugar errado, na época errada, eu tenho quase certeza que eu também não sou daqui. Posso até tentar me adaptar, mas é a dificuldade que mostra como realmente estou certa, oscilo entre os ganhos materiais e as perdas dos sonhos, me igualo aos outros.
Eu sinto falta de ser eu mesma por inteiro, sem ter que ser cinza pra agradar a todos. Sinto falta de viver cada dia como se fosse o ultimo, minha tatuagem escrita “Carpe Diem” tem vergonha de mim, pelo menos do que me tornei, e pior, ainda tem quem me dê os parabéns por isso, eu amadureci.
Ainda não me matei, mas o recomeço é diário e a conquista é árdua, mesmo sem nenhuma valorização. E todos ainda possuem a “cara-de-pau” de me dizer que se amam loucamente, balela, eles não sabem o que é amor, isso não é nem de longe afeto. É doença, insatisfação. Amor é luz, calor.
Não existe amor por necessidade, por uso, e quando não lhe serve mais você simplesmente “desama”.
Tornar-me fria é conseqüência, é dizer não ao sistema. Ficar indiferente é o primeiro passo.
Sim, as pessoas são fruto de suas escolhas.
Mas nem todas as pessoas tem direito à todas elas.
Gostaria de acreditar num “Felizes para sempre” mas isso não existe. E eu deito e fecho os olhos e forço e choro, mas ele se recusa a sair.



"Estou cansado de bater e ninguém abrir
Você me deixou sentindo tanto frio
Não sei mais o que dizer

Te fiz comida, velei teu sono
Fui teu amigo, te levei comigo
E me diz: pra mim o que é que ficou?

Me deixa ver como viver é bom
Não é a vida como está, e sim as coisas como são
Você não quis tentar me ajudar
Então, a culpa é de quem? A culpa é de quem?" ♪♫
" E de repente o vinho virou água
E a ferida não cicatrizou..."
e eu que adorava essa musica, principalmente a parte: " Não quero ser como vocês eu não preciso mais" e eu adorava Fátima, era a trilha sonora da minha vida.
Porque sempre escondi que o meu vínculo mais forte com essa música era a sensação libertadora.
Fátima foi o que me deu força, sempre me dava.
E toda vez que penso nele, sinto saudade do que era a gente e do sobrou depois. Nós somos os mesmos ainda. Só não somos mais parceiros.
Então, penso que não sobrou nada.

“Se começa um dia acaba, eu tenho pena de vocês.”

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

“Me sinto como uma pessoa que[...]

Sempre fui dona de um humor ardido, se pintos as unhas de vermelho então... Queimo! Sou egocêntrica, linda, bonita não. E decidida, mesmo sendo uma libriana.
Quando passo, já reparei, todos olham... vão me acompanhando com os olhos, nem todos pensam igual a mim, mas sei que chamo a atenção por algum motivo, e isso já é um bom começo.
Já teve até quem perguntasse meu nome, ou qualquer outra pergunta ou comentário clichê só pra puxar assunto.
Afinal, não é toda garota que freqüenta lugares tão masculinos com tanta imponência, que bebe cachaça, cospe.
“Me sinto como uma pessoa que, se não fizer alguma coisa que a reabilite, se afoga.” E vivo clariceando, sim, é meu verbo favorito!
Sou confusa, nem eu mesma sei quando estou dizendo sim ou não. Faço parte dos raros, puros de coração corrompidos pelo mundo.



E digo mais, todas as doses serão um brinde a mim!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Rock'n Roll


"Vou sair pra ver o céu
Vou me perder entre as estrelas
Ver daonde nasce o sol
Como se guiam os cometas pelo espaço
E os meus passos, nunca mais serão iguais
Se for mais veloz que a luz, então escapo da tristeza
Deixo toda a dor pra trás, perdida num planeta abandonado no espaço.
E volto sem olhar pra trás"

Eu preciso muito disso!
É tão fácil conversar com desconhecidos, me sinto segura, falo, falo ,falo. Falo até o que não assumo nem pra mim.
Sinto falta disso, faz bastante tempo que não converso com alguém que me escute só por simpatia.
Sinto-me morta por não sentir mais certas coisas, e às vezes falando, eu sinto.
É bom respirar ar puro, é bom o vento no rosto, o pequeno momento da ilusória liberdade, e a inspiração volta.
Talvez eu deva fugir, me preocupar menos. Está cada dia mais difícil.


"Quando o céu tá carregado
É sinal q vai chover
Não é tão complicado
Ter prazer em dar prazer..."
É um paradoxo!

Sem mais, só isso.
E também, oque mais eu poderia dizer?

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

SOMETHING

Parece engraçado pra mim, é que justo quando “Something” é a trilha sonora da minha vida, um curriculum de um sujeito chamado ‘John Lennon’ parece o mais adequado as proposta da vaga de emprego. Não que eu já esteja criando espequitativas (não do tipo “o homem da minha vida”), mas não é justo que seja apenas coincidência, é dar muita pobreza à uma história que tem tudo para ser rica.
Me sinto tão sozinha agora sem a Kelly, não tem mais ninguem pra compartilhar minha vida.
Tudo bem que ele deve odiar o nome dele, eu também odeio o meu. Talvez ele nem goste de Beatles, nem de rock, nem de mim...
Já estou fazendo mil suposições e nem sei se ele vai ser escolhido para o cargo. Com certeza vou ficar decepcionada se ele nem se quer tiver a oportunidade de vir aqui conversar (e sassiar minha curiosidade).
Eu me dava tão bem com o Alexandre, depois com a Kelly e um por um foram saindo (seja por vontade propria ou não), mas eu sou covarde demais para sair da proteção que já criei para espandir horizontes.
Por isso preciso alimentar essa ilusão de que o destino está à meu favor, pelo menos dessa vez.

“And all I have to do is think of her Something in the things she shows me…” ♪♫