sábado, 27 de julho de 2013

E deixo para trás...

"Você não foi o primeiro e – espero que não seja o último – a bater essa porta, cara. Desculpe te dizer, mas você não é surpreendente. Nem muito menos, único. Você foi só mais um garoto com cabelo bagunçado e aspirante a poeta pelo qual me encantei. E só, entende?"

E eu quis mesmo que você prestasse atenção em em mim, no meu gosto musical perfeito, na minha inteligência adequada, nunca fui e nunca vou ser padrão de beleza, sei disso, mas não é toda menina que entende de música, de livros, de filme, não é toda menina que escuta, pacientemente você falar de sua vida e de seus problemas com imparcialidade. 
Então, comecei a analisar a situação de perto. E mais uma vez o erro era o mesmo. Não se pode amar um deus, principalmente quando ele não existe. 
Eu fiz de você um deus, por sua experiencia de vida e suas conquistas, mas de perto você é humano, assim como eu.
Eu sou garota de bem, com estudo e trabalho, com família, responsabilidade. 
E só agora me dou conta de que, talvez, eu seja boa demais para você. Foi por isso que não deu certo.
Nunca daria certo!
Você tem um gosto musical pobre, tem assunto bitolado, prefere a solidão ao calor dos corpos. Não é receptivo e caloroso. 
E no fundo, agora, fico feliz que todo o seu ódio e rancor não tenha contaminado o brilho dos meus olhos.

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