quinta-feira, 12 de maio de 2011

SABADO MAIO,07-2011

Acordei com vontade de pintar as paredes, de jogar tudo fora, de colocar uma pedra no passado.
Porque durante muito senti vontade de me desapegar... Durante muito tempo os guardei como se fossem verdadeiras relíquias, e adorava cada uma daquelas palavras, cada canção, cada lembrança.
Não imaginei que seria tão difícil. Relembrar o Renascentismo em um trabalho do 3º A em que tirei 07,00, minhas notas nunca foram altas mesmo.
Achei meu diário de 2009 no fundo de uma gaveta, nem sabia que havia perdido ele, fui direto para a página do dia 21 de março, ler em minhas próprias palavras todo o arrependimento da alegria e liberdade que resultou em um trauma. “Já vi o dia clarear de muitos lugares a na minha vida, mas nunca imaginei que veria de um DPJ. (...) sempre achei que ligaria de uma delegacia por ter sido presa e não por ter sido roubada”.
Eu preciso deixar essa (e todas as outras) historias bonitas, tristes e tudo mais para trás.
Tenho de seguir em frente. O passado é pesado demais para ser carregado pro resto da vida.
Lembrei-me de uma pessoa que admiro muito, pelo talento e pela determinação, e que me deu apoio para sempre escrever. No blog dele (MIOPIAVIRTUAL) está escrito “Não adianta ver longe se está olhando para trás” e foi isso que eu decidi, a partir de hoje, não vou mais olhar para trás.
E não mais que de repente, como tudo na minha vida... Decidi. Juntar todas as minhas forças e jogar tudo fora.
Parei de ficar lendo que é pra não chorar, que é pra não refazer... Sem despedida, sem cópia...
Não faço idéia do que eu deixei pra trás... Mas decidi... Tinha de ficar pra trás.
Tive que dividir essa decisão com a Fran, ela me apoiou e disse que era muito difícil e que eu deveria jogar fora aos poucos, mas a minha necessidade era urgente e eu precisava jogar tudo fora, TUDO.


“Ao som de CAZUZA, O Tempo Não Para” ♪

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