sábado, 7 de agosto de 2010

Eu disfarço muito bem!

Foi acontecer justo com ela,
Ela que resolveu não acreditar mais em amor
Passou a ver rostos familiares em todo canto
E borboletas sem asas
Ela tenta não lutar contra as cores do céu
Perde-se em sonhos
Queria acreditar nas possibilidades
Mas os príncipes deixaram de existir muito cedo
Todo o encanto morreu
Ela não mata mais o tempo dela com lágrimas
Preenche o vazio do seu coração com tudo que seus olhos podem devorar
Enquanto todos chegam perto
Ela deseja que todos voltem para suas devidas casas
Quer ter o coração vazio
Ela já viu tudo isto acontecer antes
Nada é inédito na sua vida
Em sonhos desejou a morte
Procurou ficar louca por necessidade
Necessidade de esquecer que de amor todo mundo precisa
Mas por algum motivo cruel o amor lhe foi negado
Quem poderia negar que borboletas precisam de asas para voar?
Ela sangra todos os dias
Mais que todo mundo por aqui, mas que todos que já conheci
Nesse mundo onde as pessoas fecham os olhos
Ela continua correndo até dela mesma
Para manter-se distante das mentiras dos outros

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