quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sem Tempo

O tempo muda o tempo todo. Eu tentei evitar as mudanças, mas é inevitável, e quando acordei eu já era outra pessoa. Eu morri, morro todos as noites e nasço todos os dias.
Encarar o mundo com novos olhos, crescer, responsabilidades não é tarefa fácil.
Era mais fácil antigamente. Rir era tão mais fácil. Quando eu não precisava dessa autodefesa, quando a 3ª pessoa eram outras pessoas, não eu.
Era tão mais fácil sentir e não se vigiar o tempo todo, não se conter, não silenciar... Correr pro abraço e contar os medos, ter um porto seguro era tão bom quanto ser... Ser exagerada, impulsiva eu diria até um pouco insana.

Os passos não precisavam ser um depois do outro... Eram um do lado do outro.
Ser um pro outro é que não deu certo... Por que foi só da minha parte.
Era carregada pela camiseta do Nirvana, conversamos sobre família e dançamos juntos de madrugada também... Éramos parceiros. Eu não existia sem você.
Estava ali o tempo todo, sempre, a qualquer hora que ligasse, estávamos juntos o tempo todo, mesmo sem estar perto. Mas algo se perdeu...
Sobrou só eu sozinha e um vazio dentro de mim, algo que me faz querer desistir, mas aí então eu percebo que o que me faz continuar é o único motivo que me faz ainda dar um passo depois do outro, é que não há mais nada pra ser perdido, não há mais nada pra se querer tanto, não há mais nada.
Sinto saudade. Muita.




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