sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ela não dispensava a cerveja de sexta-feira, saía correndo do serviço, se arrumava sem pressa e ia ser feliz. Ela era movida a café, cachaça e cigarro.

Ela amava sair com as mesmas pessoas e ir aos mesmos lugares, era sempre tudo novo e tão divertido. Ela só ia ao cinema para ver algo Cult, melodrama não fazia parte da sua vida.

Ela nunca sonhou com matrimonio nem em ter cinco filhos.
Ela esquecia datas e aniversários. Estava sempre perdida demais para recordar seja lá o que fosse.

Ela brigava, tanto quanto um homem ou uma mulher podem brigar, com direito a palavrões, socos, unhadas. Todos diziam que seu maior defeito era justo o que ela achava ser sua melhor qualidade, era EXAGERADA. E ela dizia que seu maior defeito era amar. Ela dizia que o amava com todos seus defeitos, da forma que fosse, não se importava em amar do jeito dele.

Ninguém acreditava nela. Nem ela mesma, se isso servisse de consolo. Aposto que se você também tivesse conhecido ela naquela época não iria acreditar que isso foi o que sobrou dela.

Ela sempre teve vocação pra bomba relógio. À noite, debaixo das cobertas, ela dizia que não entendia os motivos de tudo ser assim. Pela manhã, ela disse que não ia mudar, foi vencida.
Não acredito que exista outra prioridade que não seja ser feliz.

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