sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

As vezes eu sinto medo de sonhar, medo de sonhar com as coisas que nunca serão verdade. Tenho medo de acreditar nas minhas utopias, medo de acreditar demais em mim. Medo de no final ver como fui estúpida de acreditar que poderia ser tantas coisas. Sonho alto e sem medo, mas a partir do momento que começo a acreditar na possibilidade de realização desses sonho me preocupo, tenho que contentar-me com a realidade.
É tão vicioso sonhar, vejo-me abraçando o mundo, amando, vivendo, um futuro bom mas que não passa de um sonho. Para quem acredita tão pouco no presente, parece absurdo imaginar e fantasiar um futuro assim, tão incrível. Mas é somente o que me é permitido.
Talvez seja assim, pois sempre penso que amanhã minha vida vai começar. Sonho com um momento em que as coisas começarão a andar. O exato momento em que eu descobrirei quem eu sou e por que estou aqui, descobrirei meus talentos, meus vícios e virtudes. O momento em que terei a alma completa o bastante para começar o que devo fazer. Sem medos, usando todas as armas que me foram dadas. Mas enquanto isso não acontece, me limito a escrever sobre coisas que talvez não façam sentido para quem as ler algum dia, se é que alguém lê isso aqui, até mesmo porque, as pessoas que dizem gostar tanto de mim nem ao menos me conhecem, e talvez não façam sentido algum nem para mim, mas confortam e geram mais sonhos que, inúteis ou não, vão formar uma parte de mim algum dia ou então serão simplesmente a prova de que apesar de tudo, sempre acreditei que podia algo mais que isso.

"A minha insatisfação não vai causar impressão
E o meu destino cruel não vai chamar sua atenção" ♪


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