domingo, 12 de dezembro de 2010

Gostaria de prometer que amanhã vou acordar feliz e que o dia vai ser leve. Que vou sorrir, falar bobagem e tornar as horas menos densas.
Gostaria de acordar sem a sensação de estar sufocada, como se o sol que me arde a pele também tirasse meu ar.
Gostaria de selar um compromisso com a paz, mas a vida anda me doendo mais que o comum. Está cada vez mais difícil sobreviver.
As vezes me pego admirando o céu, as nuvens, a lua. Tento entender o silencio sem me sentir sozinha.
Sinto saudades de coisas que achava nunca ia lembrar.
Espero todos os dias por alguém que vai me dizer que a vida é assim:

Alguém vai dizer a ela que a vida é assim: de altos e baixos, alegrias e dores, amor e indiferença, incompreensões e sentimentos desconexos. De tudo que se pode querer. Que é mais fácil do que parece.

Só que a essa altura, eu já sei que todos vão se reder a essa idéia, bonita e vaga, eu acredito.
Mas ainda é cedo, pelo menos para mim, ainda não aceito essa rotina cheia de mesmice e chatice, irritação e medo.

E me pego na esperança das frestas, bordas, fendas do tempo, um raio de lembrança de tudo que eu acreditava existir...

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