sábado, 18 de dezembro de 2010

O lugar em que entro todos os dias é verde, verde claro tipo chá. A sala é grande. A cadeira é desconfortável. Do meu lado esquerdo fica a janela, gosto de ver o céu e as nuvens passando.

Há 3 anos, todos os dias são exatamente iguais.
Entrar na sala verde com piso velho, sentar e soltar o habitual palavrão: "caralho-tá-foda". Como um cordial “Bom-dia” obrigatório.


E mesmo depois de tanto tempo ainda me sinto uma estranha, como se meu lugar não fosse aqui.

Eu sou estranha, é difícil saber se realmente estou triste, nem eu sei. Tento me controlar ao máximo.
Acho que é a primeira vez que escrevo sobre mim, como me sinto. As pessoas só conseguem ver pelo lado de fora, mas só eu sei como é aqui dentro.


A primeira lágrima cai, a lagrima que segurei pro tanto tempo. E não era de alívio. Era de desespero. Era de cansaço. Era de desgaste ou desgosto.

Por tanto tempo foi tudo tão bom... Dançando pelos bares, bebendo e cantando, era tão livre e tão feliz.

Eu não sei o que fazer, pra onde ir, eu não faço idéia de nada, então eu preciso que alguém me diga o que fazer e eu preciso muito e eu preciso agora porque estou realmente muito muito muito cansada.
Será um castigo? Estou sendo punida?

Predestinada a infelicidade o resto de meus dias?



hoje doeu.

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